1 ano após e depois 300 mil mortes, Bolsonaro cria comitê de combate à Covid-19

Nesta quarta-feira, dia 24, o presidente da República, Jair Bolsonaro, convocou os líderes dos três poderes para uma reunião no Palácio da Alvorada, afim de discutir a atual situação da Covid-19 no país. No encontro ficou definido a criação de um comitê de coordenação nacional para o enfrentamento da doença no Brasil.

No mesmo dia, o Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de 300 mil mortos desde o começo da pandemia, em dezembro de 2019. Há um ano e três meses atrás, o vírus, ainda retino na China, não havia chegado ao Brasil, sendo que o país só registrou o primeiro caso no final de fevereiro de 2020, de um homem recém chegado de viagem à Itália.

Segundo Bolsonaro, a reunião foi “bastante proveitosa” e a “harmonia e solidariedade” permaneceram entre os participantes, visando reduzir os efeitos da crise de saúde. O chefe do executivo nacional explicou que o foco é imunizar o maior número de pessoas, e o mais rápido possível: “A vida em primeiro lugar. A intenção é, cada vez mais, nos dedicarmos à vacinação em massa no Brasil.”

Na reunião, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) informou que deve ser votado, ainda nesta semana no Congresso Nacional, o projeto que prevê a ampliação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva e de enfermarias por meio de parceria com a iniciativa privada.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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