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10 curiosidades sobre A Última Ceia

Por Lígia Saba 

A Última Ceia é uma das obras mais emblemáticas do pintor renascentista Leonardo da Vinci (1452-1519). Nela, o artista retrata a última ceia de Jesus Cristo ao lado de seus apóstolos, momentos antes dele ser crucificado. A obra tem mais de 500 anos e continua despertando a atenção de todos com seus mistérios, pensando nisso preparamos uma lista com 10 curiosidades e teorias sobre o afresco.

10. Tamanho

O mural é maior do que se imagina: mede 4,6 metros de altura por 8,8 metros de comprimento. A obra também é chamada de “Santa Ceia”. Leonardo nunca tinha trabalhado em uma pintura tão grande como essa e não tinha experiência em pintura em afresco, cujo formato seca rapidamente.

9.  Localização

A obra fica dentro do convento da igreja Santa Maria delle Grazie, em Milão (Itália). A igreja e o museu foram declarados Patrimônio Mundial da Unesco. O local fica dez minutos a pé depois da estação de metrô Milano Cadorna, ou apenas a 15 minutos a pé do Duomo.

8.  Importância Religiosa

Última Ceia foi a refeição que que Jesus teve com seus apóstolos em Jerusalém antes de ser capturado e crucificado. A pintura é uma referência para todo o cristianismo e acompanha a humanidade há centenas de anos. Leonardo da Vinci captura o instante quando Jesus revela que um de seus amigos o trairá. Mostra momentos antes da Eucaristia, com Jesus pegando o pão e uma taça de vinho como símbolos-chave do sacramento cristão.

7. Perspectiva

Os conhecimentos de matemática de Leonardo da Vinci foram fundamentais para a criação da perspectiva da obra, com a ajuda de barbantes e pregos. Todos os elementos da pintura direcionam a atenção para a cabeça de Cristo. Para conseguir esse efeito, o pintor colocou um prego no meio da pintura e puxou cordões para as extremidades para criar um desenho absolutamente proporcional.

6. Simbolismo 

A Última Ceia contém várias alusões ao número três. Na arte católica, três representa a divindade ou a Santíssima Trindade. Existem 3 janelas, os apóstolos estão em 3 grupos e Jesus tem uma forma triangular. Também se teoriza que A Última Ceia é uma representação do sistema solar e do zodíaco. Cada apóstolo reflete a característica dos 12 sinais. Por exemplo, Cristo é o Sol iluminando a cena com sua luz divina. Judas representa Escorpião na posição de Marte, um sinal de traição.

5. Mensagens Subliminares 
Músicos especularam que a verdadeira mensagem oculta em A Última Ceia é, na verdade, uma trilha sonora que o acompanha. Em 2007, o músico italiano Giovanni Maria Pala criou 40 segundos de uma canção sombria usando notas supostamente codificadas a partir da obra de Da Vinci. Três anos depois, a pesquisadora do Vaticano Sabrina Sforza Galitzia traduziu os sinais matemáticos e astrológicos da pintura em uma mensagem de Leonardo da Vinci sobre o fim do mundo. Ela afirma que A Última Ceia prevê um dilúvio apocalíptico que varrerá o globo de 21 de março a 1 de novembro de 4006.
4.  Os Apóstolos 
Especialistas dizem que cada apóstolo foi criado a partir de um modelo da vida real. Quando chegou a hora de escolher o rosto do traidor Judas (o quinto da esquerda, segurando uma bolsa de prata com dinheiro do suborno), Leonardo da Vinci procurou um criminoso nas prisões de Milão para criar sua aparência.
3. Simetria
Leonardo era conhecido por seu amor pela simetria. Note os detalhes da pintura, a divisão equilibrada de apóstolos dos dois lados da pintura. A postura serena de Jesus contrasta com a agitação dos apóstolos. Tiago, à esquerda de Cristo, estende os braços com raiva enquanto o Tomás aponta para cima e parece questionar o plano de Deus. Pedro aparece com uma faca em sua mão. Judas segura uma bolsa que contém sua recompensa por trair Jesus. O restante dos apóstolos se movimenta, como se estivessem sussurrando e lamentando o momento.
2.  Segunda Guerra Mundial 
Os bombardeios dos aliados durante a guerra contribuíram para prejudicar seriamente o estado da pintura. A igreja foi atacada, e uma bomba chegou a derrubar seu telhado. Depois disso, as tropas de Napoleão chegaram a usar o refeitório como um estábulo e alguns soldados jogaram tijolos na obra.
1. Restauração
A obra foi restaurada muitas vezes e o experimento de têmpera sobre pedra de Leonardo Da Vinci demanda um acompanhamento de especialistas. Pouco do que se vê hoje em dia contém as pinceladas do próprio artista. O primeiro restauro ocorreu em 1726 e o mais longo foi o de 1999 que, em vez de tentar restaurar a imagem, foi feito um trabalho para conter a deterioração.