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10 curiosidades sobre o Dia da Consciência Negra

O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, relembra a morte de Zumbi dos Palmares, último líder do quilombo dos Palmares, assassinado em 1695. Há anos o mês de novembro tem se tornado referência para atividades que inspiram a luta e a resistência do povo negro, que historicamente tem sido os sujeitos do enfrentamento ao racismo articulado nas diversas esferas da sociedade. Confira abaixo uma lista com 10 curiosidades e fatos interessantes que vão te ajudar a entender um pouco mais sobre o Dia Nacional da Consciência Negra.

10. A data, 20 de novembro, foi escolhida por simbolizar um dos mais marcantes acontecimentos para a trajetória do negro dentro da História do Brasil: a morte do grande Zumbi dos Palmares, que se deu no dia 20 de novembro do ano de 1695. Zumbi era o líder do famoso Quilombo dos Palmares, que foi a maior comunidade de escravos existente no Brasil colônia, tendo, em seu auge, uma população superior a 30 mil pessoas.

9. A descoberta de historiadores sobre a data exata da morte de Zumbi motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em São Paulo, no ano de 1978, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que os afro-brasileiros reivindicam.

8. O Palmares no nome de Zumbi se refere ao local onde ele formou seu quilombo, uma espécie de reino, ou de república – como alguns consideram – que era autossustentável e servia de local de fuga para muitos escravos negros escapados das fazendas, prisões e senzalas. A comunidade chegou a alcançar quase o tamanho de Portugal, ficava no interior da antiga Bahia, hoje estado do Alagoas, e a ter mais de 30 mil habitantes.

7. O Dia da Consciência Negra surgiu com uma ideia muito bem definida, que era a ideia de conscientizar os negros e também os não negros da importância da cultura negra para a formação do Brasil. A intenção é lembrar as atrocidades da escravidão, além de também procurar realizar uma reflexão sobre a situação atual dos negros dentro da sociedade brasileira.

6. O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra foi criadO por meio da citada Lei nº 12.519, no dia 10 de novembro de 2011, durante o governo de Dilma Rousseff. Essa lei não transformou a data em feriado nacional, assim, os governos de cada estado e cidade do Brasil devem optar por ser feriado ou não.

5. Em dados oficiais, o Brasil é a segundo maior população de afro descendentes, ficando atrás apenas da Nigéria. São cerca de 80 milhões de indivíduos que se declaram de raça negra. Mesmo assim, o Brasil foi a segunda maior nação escravista dos últimos séculos; o último país a abolir a escravidão; o penúltimo país das Américas a abolir o tráfico negreiro; e o maior importador de escravos da história moderna.

4. No Dia da Consciência Negra, além do feriado em algumas cidades do Brasil, temos também uma grande mobilização por parte de entidades importantes voltadas à cultura negra dentro do país. De todas elas, a que recebe maior destaque é o Movimento Negro, que realiza eventos relacionados ao tema, além de palestras e diversos outros eventos educativos para explorar a data ao máximo, levando conscientização e reflexão ao maior número de pessoas possível.

3. Algumas pessoas podem não saber, mas o Dia da Consciência Negra faz parte do que se entende por Semana da Consciência Negra, que é o período em que se concentra a maior parte das manifestações e a maior parte dos eventos relacionados ao tema ao redor do Brasil.

2. Além das questões que envolvem Zumbi e o Quilombo dos Palmares, o Dia da Consciência Negra é uma data significativa, pois traz à luz questões importantes: o racismo e a desigualdade da sociedade brasileira. É uma data que relembra a luta dos africanos escravizados no passado e que reforça a importância da realização de novas lutas para tornar a nossa sociedade mais justa.

1. O Dia da Consciência Negra é importante para relembramos que a nossa sociedade foi construída por meio da escravidão. Por mais que melhorias e mudanças tenham acontecido, a falta de oportunidades para a população negra, o racismo presente nos detalhes do cotidiano e as tentativas de apagamento de cultura africana evidenciam que ainda temos um longo caminho a ser trilhado.