Por Lígia Saba
Misturando poesia, música e teatro, as óperas famosas encantam plateias ao redor do globo a muitos anos. Esse gênero artístico influenciou muitos outros importantes da história, como o jazz e o rock, além de atuarem como uma forte fonte de inspiração para atores, artistas, diretores e produtores que trabalham com performance e cantores, o que mostra a importância desse gênero. Pensando nessa importância, preparamos uma lista com 10 das mais famosas e importantes óperas da história, você não pode perder!
10. Carmen
Dividida em quatro atos, “Carmen”, de Georges Bizet com libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy, baseada no romance homônimo de Prosper Mérimée, estreou em Paris, em 1875, e causou um grande desconforto na plateia. Isso porque, até então, os parisienses estavam acostumados a assistir espetáculos mais tradicionais e cheios de valores, enquanto que, “Carmen” narrava a história de uma cigana sedutora desprovida de qualquer moral, que enfeitiçava os homens e que, sem piedade ou pudor, causava danos e tragédias por onde passava.
9. Médée
A ópera lírica, do gênero opéra-comique, em três atos, foi composta por Luigi Cherubini, com libreto de François-Benoît Hoffmann, a partir da peça teatral homônima, de Pierre Corneille, baseada na tragédia Medéia de Eurípides. Estreada em 1797 em Paris, o espetáculo teve sua primeira versão, em francês, recebida pelo público com pouco entusiasmo. Foi com sua versão em italiano, que estreou em Viena, em 1802 que a ópera conseguiu se destacar. O papel da figura mitológica é famoso pela dificuldade em interpretar a vingativa protagonista.
8. Armide
“Armide” é considerada uma comédia-balé, um gênero coreográfico e musical de ópera criado por Jean-Baptiste Lully. Baseado em um poema épico italiano, esse espetáculo conta a história da maga Armide e relata seus conflitos emocionais, visto que a personagem se apaixona perdidamente por seu grande inimigo. Ela estreou em 1686 em um importante teatro francês e, desde então, é considerada uma obra-prima e uma das óperas mais famosas da história. Vale destacar que, até o seu surgimento, nenhum outro espetáculo do gênero havia apresentado uma carga psicológica e uma dramatização tão fortes.
7. A Flauta Mágica
A ópera em dois atos de Wolfgang Amadeus Mozart, com libreto alemão de Emanuel Schikaneder, estreou em Viena em 1791 e é considerada um marco no estilo. Ela foi uma das últimas obras do gênio austríaco, que, com brilhantismo, apresentou uma alternância de música com diálogos jamais vista até então. Além disso, esse espetáculo tem uma relevância enorme no contexto histórico, uma vez que foi fortemente influenciado pelas ideias iluministas e, assim, demonstrou tanto o racionalismo do homem, como a importância de sua sabedoria no processo de igualdade em sua narrativa.
6. Fidelio
Fidelio é a única obra teatral do compositor alemão Ludwig van Beethoven. Sua primeira versão foi apresentada em 1896 em um teatro de Viena e não foi bem recebida pelo público, devido ao momento político do local. Além disso, sua estética também foi bastante criticada, devido à composição diferenciada de suas árias. Dessa forma, o compositor teve que reformulá-la várias vezes. De sua dedicação e esforço nasceu um espetáculo maravilhoso, coerente e de rara beleza, bastante marcado pela dramaticidade e pela densidade psicológica.
5. O Barbeiro de Sevilha
De Gioachino Rossini, “O Barbeiro de Sevilha” é uma ópera-comédia que foi escrita em 1816. Esse espetáculo já contava com duas versões anteriores, mas o sucesso estrondoso veio com a versão de Rossini. Completa em menos de três semanas e com dois atos, essa comédia musical é considerada a mais engraçada da história, tanto que já foi até utilizada em desenhos, como o Pica-Pau e o Pernalonga. Um dos segredos desse espetáculo foi o fato de que ela conseguiu conquistar não só a elite, como o povo.
4. Tosca
Misturando tragédia e paixão, Tosca é uma ópera que conta a história de amor entre uma cantora lírica e um pintor. De Giacomo Puccini, essa ópera estreou em 1900 e é uma das mais representativas do repertório italiano. O espetáculo conta com três atos, apresenta uma tensão dramática do início e ao fim, e é conhecida pelas suas belíssimas árias.
3. Otello
Composta por Giuseppe Verdi e estreada em 1887 em um teatro de Milão, na Itália, a ópera Otello tem como narrativa a obra de William Shakespeare. Repleta de ciúmes e intrigas, “Otello” é considerada por muitos estudiosos como a maior tragédia de Giuseppe Verdi. Feita em quatro atos e com personagens fortes e complexos, “Otello” é, sem dúvida alguma, uma das óperas mais famosas e mais importantes da história.
2. La Traviata
Também de Giuseppe Verdi, La Traviata é uma das óperas mais famosas dos últimos tempos e também um dos espetáculos mais adaptados da história. Essa ópera estreou em 1853, na Itália, e é dividida em quatro atos. Combinando tragédia e amor, o espetáculo é conhecido por seu figurino impecável e por apresentar personagens muito bem construídos.
1. Le Nozze di Figaro
Juntamente com Don Giovanni e Così Fan Tutte, que compõem o trio de obras-primas de Mozart com libreto de Lorenzo da Ponte, Figaro é considerada por muitos a ópera perfeita: um balanço de sagacidade, humanidade e música sublime. Por satirizar certos costumes da nobreza, a obra gerou polêmica na sua estreia. Um dos seus pontos fortes é a riqueza dos conjuntos vocais, mais eficientes na condução da ação dramática do que os antigos recitativos.