10º paciente transferido de Manaus com Covid-19 morre em Goiânia

Na noite desta quarta-feira, 3, morreu o décimo paciente com Covid-19 transferido de Manaus para Goiás. A vítima, uma mulher de 62 anos, estava há 16 dias internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas (HC), em Goiânia.

Conforme boletim médico divulgado pelo hospital às 23h37 de quarta-feira, a paciente estava internada na UTI desde o dia 19 de janeiro e havia apresentado um agravamento severo do quadro clínico nas últimas 24h que antecederam seu falecimento.

Ao todo, outros 20 pacientes de Manaus estão internados no HC e também no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (Hmap). As transferências foram necessárias após o colapso no sistema público de saúde de Manaus, que deixou hospitais sem oxigênio para atender pacientes que necessitavam do recurso para sobreviver.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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