123 Milhas, Claro e Equatorial lideram reclamações no Procon Web

A empresa 123 Milhas foi, novamente, a campeã de reclamações no ranking do mês de setembro gerado pelo Procon Web (plataforma de atendimentos virtuais do Procon Goiás), com um total de 71 registros. A telefônica Claro também registrou o mesmo quantitativo – 71 demandas, seguida da concessionária de energia Equatorial, com 69 demandas.

Mais de 7,3 mil consumidores foram atendidos somente no mês de setembro no Procon Goiás, contabilizando 6.762 denúncias e reclamações (totalizando números das duas plataformas: Procon Web e Proconsumidor).

PROCON WEB

Na 123 Milhas, consumidores apontaram dificuldade para alterar ou cancelar o contrato, oferta não cumprida e dificuldade para rescindir o contrato.

Em relação à Claro, os principais problemas são cobrança indevida ou abusiva para alterar ou cancelar o contrato, oferta não cumprida, publicidade enganosa e dificuldade para cancelar o serviço.

A Equatorial apresentou problemas como cobrança de tarifas, taxas e valores não previstos, além de cobrança por irregularidade ou defeito na medição e interrupção no fornecimento de energia.

PLATAFORMA PROCONSUMIDOR

Já na Plataforma Proconsumidor, que reúne dados de atendimentos presenciais, instituições do sistema financeiro figuram no topo do ranking de setembro. O primeiro lugar ficou com o Banco Pan, com 70 registros, em segundo está o Banco Bradesco, com 67 registros, e o Itaú Unibanco com 56 demandas.

Entre os principais problemas relatados pelos consumidores estão cobranças indevidas ou abusivas, cobrança por serviço ou produto não contratado e a não entrega do contrato ou documentação relacionada ao serviço, além de dificuldade de contato e acesso.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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