A Tragédia do Morro do Bumba, em Niterói, completa 15 anos e os desabrigados ainda esperam por moradias adequadas. A Prefeitura de Niterói estima que 43 pessoas perderam a vida no deslizamento de terra que destruiu dezenas de casas no morro, que foi erguido em uma área onde antes existia um lixão. No entanto, o número de vítimas fatais pode ser ainda maior.
O deslizamento no Morro do Bumba resultou em dezenas de casas arrastadas pelas chuvas, mais de 50 mortos (sendo que a prefeitura menciona 43) e milhares de desabrigados. A tragédia, que completou 15 anos no dia 7 de abril, deixou marcas profundas na cidade de Niterói. Apesar de alguns sobreviventes já terem sido realocados em novas moradias, como em condomínios estruturados, diversas famílias ainda aguardam pela garantia de seus direitos.
A promessa inicial era que todos os desalojados receberiam assistência através do aluguel social e do Programa Minha Casa Minha Vida. No entanto, a realidade se mostrou bem diferente do esperado. Muitas famílias, como a da cozinheira Jovita Machado, têm lutado incansavelmente por uma moradia digna, reivindicando o que lhes é de direito.
A tragédia que assolou o Morro do Bumba ocorreu em 2010, quando o terreno, construído sobre um antigo lixão irregular, cedeu após intensas chuvas, soterrando diversas residências e ceifando dezenas de vidas. O número oficial de vítimas, divulgado pela Prefeitura de Niterói, é de pelo menos 43 pessoas, mas sobreviventes como Martiniane Silva acreditam que a cifra seja ainda maior.
Nesses 15 anos, o local da tragédia permanece praticamente intacto, sem nenhuma infraestrutura para abrigar as vítimas que clamam por justiça e por um lar digno. As autoridades municipais, estaduais e federais prometeram auxílio às vítimas logo após o ocorrido, porém muitas dessas promessas não foram cumpridas, deixando as famílias desamparadas e em constante luta por um lar.
A negligência no cumprimento das promessas feitas às vítimas da Tragédia do Morro do Bumba gerou um sentimento de abandono e desespero entre os desabrigados. Muitos ainda aguardam a entrega de moradias adequadas, enquanto enfrentam desafios diários para pagar despesas básicas em locais que não oferecem segurança e qualidade de vida.
Apesar dos esforços de alguns sobreviventes que conseguiram novos lares, como as 180 famílias realocadas no Condomínio Jardim Viçoso, diversas questões persistem em relação à infraestrutura e à manutenção dos imóveis. O caminho para a reconstrução após essa tragédia longínqua ainda parece incerto para muitas famílias que continuam lutando por seus direitos e por um futuro mais promissor.
É fundamental que as autoridades competentes ajam de forma efetiva para garantir moradias dignas e condições adequadas de vida para os sobreviventes da Tragédia do Morro do Bumba. Investir em prevenção, monitoramento e assistência contínua para essas famílias é essencial para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro. A memória das vítimas não pode ser esquecida, e a justiça e a solidariedade devem prevalecer na busca por uma reconstrução eficaz e justa para todos os envolvidos.