Uma operação do Batalhão Ambiental da Polícia Militar resultou na apreensão de 15 toneladas de madeira sem comprovação de origem em Cachoeira Alta, a 355 km de Goiânia. A abordagem ocorreu na madrugada de domingo, 23, quando os agentes identificaram a carga sendo transportada em um caminhão. Tanto o veículo quanto a madeira foram apreendidos.
O transporte e a comercialização de produtos de origem florestal exigem um Documento de Origem Florestal (DOF), que atesta a legalidade do material. Esse controle é regulamentado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e abrange madeira bruta e processada, carvão vegetal nativo e outras categorias de produtos extraídos da natureza.
Fiscalização e penalidades
A ausência de DOF é uma infração recorrente em Goiás, especialmente no transporte de madeiras do bioma amazônico. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), esses materiais costumam ser destinados a carvoarias, serrarias, siderúrgicas, olarias e comércios que vendem madeira sem comprovação de origem.
Além do transporte irregular, a fiscalização frequentemente identifica a venda e o armazenamento de madeira nativa sem documentação. As penalidades variam conforme a infração, podendo chegar a R$ 300 por unidade, estéreo, quilo ou metro cúbico, conforme previsto no Decreto 6.514/2008.
Outra prática ilegal registrada é o uso de DOFs falsificados, o que pode resultar em investigação criminal. Empresas também podem ser autuadas por armazenar madeira sem homologação prévia do local nos sistemas oficiais, algo que ocorre com frequência na abertura de novas filiais.
Em casos de irregularidade, tanto compradores quanto vendedores podem ser responsabilizados.