16 aliados de Gustavo Gayer são alvos de investigação da Polícia Federal

Deputado federal Gustavo Gayer, pré-candidato a prefeito de Goiânia, divulga imagens de colegas parlamentares que votam diferente dele em projetos polêmicos

16 aliados de Gustavo Gayer são alvos de investigação da Polícia Federal

Na manhã de sexta-feira, 25, a Polícia Federal (PF) realizou uma operação que teve como alvos o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) e mais 16 pessoas ligadas a ele. Essa ação integra uma investigação mais ampla que visa esclarecer vários aspectos de conduta do parlamentar e de seus associados.

O deputado e aliados são investigados por associação criminosa voltada para desvio de recursos da cota parlamentar e falsificação de documentos. A operação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que permitiu buscas e apreensões em endereções ligados as 67 pessoas envolvidas no esquema, que tinha como líder Gayer.

Confira os investigados ligados ao parlamentar:

  • Lincoln Maciel Barros: amigo de Gustavo Gayer e responsável por protocolar o requerimento de registro do Instituto de Desenvolvimento & Investimento Socioeducacional (IDISE);
  • Antonio Carlos Gomes da Silva: contador responsável por conduzir o tramite de regularização da Associação Comercial das Micro e Pequenas empresas de Cidade Ocidental;
  • Sueli Edna Maciel: mãe de Lincoln Barros Maciel;
  • Joselene Maria Sergia Bastos: assistente social envolvida na aquisição de associação com CNPJ preexistente;
  • Miogre Tavares Coronheiro: amigo de Lincoln e Gustavo Gayer e vice-presidente da IDISE;
  • Priscilla Andrade Morales: casada com Miogre e integrante da  diretoria da IDISE;
  • Marta Maria Gomes de Carvalho: filha de Antonio Carlos, o contador;
  • Vandery Araujo de Carvalho: vendeu o CNPJ da associação para Gustavo Gayer;
  • Bruno Amaral Machado: secretário parlamentar do deputado e responsável por alertar o grupo sobre a necessidade de registrar a loja no nome de alguém sem vínculo com o gabinete;
  • Vilma Maria de Lima: assinou a ata da IDISE, embora seu nome não constasse nos documentos;
  • Denis Marques Soares Barbosa: inserido como presidente da ASCOMPECO por João Paulo
  • Tácito Caiky Alves Pereira: integrante da nova diretoria da IDISE;
  • Renan dos Santos Gama: integrante da nova diretoria da IDISE;
  • Stephany Cristina Aguiar Silva: assessora de Gustavo Gayer integrante da nova diretoria da IDISE;
  • Joelson Pereira Martins: secretário parlamentar de Gayer;
  • Marlon Wanderson Lima Barbosa.

Segundo a investigação, os documentos teriam sido falsificados para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), que tinha como objetivo receber verbas de cota parlamentar.

A operação contou com cerca de 60 policiais federais, que cumpriram 19 mandados de busca e apreensão em cinco cidades diferentes: Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e Goiânia (GO).

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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