16 policiais militares presos por suspeita de corrupção e tráfico: Operação Kleptonomos em Fortaleza. Armas, drogas e munições apreendidas.

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Mais dois policiais militares foram presos por suspeita de integrar um grupo criminoso envolvido na prática de corrupção, extorsão e facilitação do tráfico de drogas em bairros da Grande Messejana, em Fortaleza. Com essas últimas detenções, o número de agentes capturados na “Operação Kleptonomos”, realizada pelo Ministério Público, aumenta para 16. Durante a operação, que teve como objetivo combater a corrupção e o tráfico de drogas, foram apreendidas armas, drogas e munições de diversos calibres.

Um dos policiais que estava foragido se entregou ao Comando da Polícia Militar, em Fortaleza. O outro também foi localizado na capital cearense e ambos estão agora à disposição da justiça. As prisões fazem parte de uma ação coordenada pelo Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), que cumpriu um total de 34 mandados, entre prisões preventivas e buscas e apreensões, em diferentes cidades do Ceará e até em Alagoas.

A investigação teve origem a partir de denúncias anônimas encaminhadas ao Gaeco, que apontaram a existência de um esquema criminoso envolvendo policiais militares nos bairros Paupina e Coaçu, em Fortaleza. Segundo as informações recebidas, os policiais estariam recebendo propina de traficantes locais para evitar a atuação policial na região, permitindo assim o livre comércio de drogas.

O promotor responsável pelo caso, Adriano Saraiva, descreveu a atuação dos policiais como um verdadeiro “consórcio do crime”, onde os agentes forneciam informações privilegiadas aos traficantes e permitiam a prática criminosa. O nome da operação, “Kleptonomos”, é uma referência ao significado em grego que representa “aquele que rouba a lei”, ilustrando a ação dos servidores que abusam da autoridade legal.

A Justiça autorizou a quebra do sigilo das comunicações dos policiais investigados, bem como determinou a suspensão de suas funções públicas. As acusações incluem crimes como integrar organização criminosa, corrupção passiva, extorsão qualificada e facilitação do tráfico de drogas. As investigações continuam em andamento e novos desdobramentos podem ocorrer à medida em que mais informações são colhidas e provas são analisadas.

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