Representantes de 20 países se reuniram neste domingo (25) em Madri, capital da Espanha, para discutir a criação do Estado da Palestina. A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares Bueno. O representante do Brasil no encontro foi o chanceler Mauro Vieira. O Brasil possui uma história significativa de apoio à criação do Estado da Palestina e à convivência pacífica com Israel.
Na semana passada, Mauro Vieira já havia informado, durante audiência no Senado, que participaria do encontro, reforçando a posição histórica do Brasil a favor da criação do Estado da Palestina e da convivência pacífica com Israel. Neste domingo, em uma rede social, o Itamaraty confirmou a participação do ministro no encontro, ressaltando que a discussão ocorre em meio a uma “tragédia humanitária” em Gaza.
Desde que começou a guerra entre o governo de Israel e o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, o Brasil tem defendido um acordo que leve a um cessar-fogo permanente, além do acesso contínuo de ajuda humanitária para os palestinos. Dados do Hamas indicam que cerca de 60 mil pessoas já perderam suas vidas no conflito, o que enfatiza a urgência de uma solução pacífica e humanitária.
O Ministério das Relações Exteriores informou que o Brasil foi convidado a presidir um dos grupos de discussão na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a criação do Estado da Palestina. A França e a Arábia Saudita lideram a Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, estabelecendo oito grupos de trabalho para abordar o tema. A conferência está programada para junho deste ano.
Durante sua participação no Senado, Mauro Vieira denunciou a “carnificina” em Gaza e enfatizou que a comunidade internacional não pode permanecer inerte diante da situação. Ele reiterou a posição do Brasil em defesa da “solução de dois Estados”, promovendo a convivência pacífica entre Israel e Palestina. A criação do Estado da Palestina e o respeito ao direito internacional são temas centrais nas discussões globais sobre o conflito na região.