Aos 94 anos Bariani Ortencio concorre ao prêmio Kindle de literatura

Ícone da cultura popular goiana, aos 94 anos, Bariani Ortencio, concorre à segunda edição do Prêmio Kindle de literatura, com seu primeiro livro em versão virtual: “O Coronel e o Diabo”, já disponível para leitura (assinantes unlimited) ou venda no site da Amazon (www.amazon.com.br). O prêmio é uma parceria entre a Amazon e a Editora Nova Fronteira, voltado para autores independentes.

Um júri qualificado escolherá cinco obras finalistas inéditas na categoria Ficção/Romance, dentro de critérios definidos pela editora, entre elas, a vencedora. Elas serão divulgadas entre 11 e 22 de dezembro de 2017 e o vencedor será anunciado na cerimônia de Premiação a ser realizada entre 15 e 31 de janeiro de 2018.

O autor da obra vencedora receberá um prêmio de R$30 mil e terá a oportunidade de celebrar um contrato com a editora Nova Fronteira para a publicação do título em versão impressa.

Bariani deve apresentar em breve três volumes com algumas de suas obras compiladas. Em alta produção, o escritor prepara outros 8 livros.

O escritor

Prestes a completar um século de vida, Bariani Ortencio completou 94 anos em julho de 2017 e sua mente não para. O paulista, de coração goianiense, se dedica em resgatar em suas páginas a verdadeira essência do goiano e completa, com “O Coronel e o Diabo”, 50 livros já publicados.

Folclorista, dicionarista, contista, romancista, compositor e poeta, o intelectual reconhecido nos meios culturais goianos e brasileiros é considerado lenda viva literária em nossa região. Conhece todos os bastidores da fundação de Goiânia e lembra, em detalhes, cada acontecimento histórico. Também é lembrado pelo vasto conhecimento em várias áreas, entre elas, a culinária, sendo o criador do famoso prato Peixe na Telha, conhecido em todo Brasil. A idade não é páreo para o escritor, que transborda vitalidade e lucidez.

Sua obra “O Coronel e o Diabo”, lembra os best-sellers das grandes obras regionais brasileiras no gênero, como Os Sertões, de Euclides da Cunha, pelas descrições introdutórias humanas e geográficas. Traz ainda em suas páginas a lembrança do Grande Sertão Veredas, de João Guimarães Rosa, pelo jaguncismo e o palavreado, nas mesmas regiões de Minas e incursões por Goiás. Ou também a política interiorana de prepotência de Vila dos Confins, de Mário Palmério. (Divulgação)

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp