24 prefeitos eleitos em 2024 não tomaram posse; entenda os motivos

No dia 1º de janeiro de 2025, 24 prefeitos eleitos em outubro de 2024 não tomaram posse. Em três municípios, os eleitos faleceram após as eleições, o que levou à posse dos vice-prefeitos em Arroio dos Ratos (RS), Augusto Pestana (RS) e Cabreúva (SP).

Nas cidades de Santa Quitéria e Choró, no Ceará, os prefeitos eleitos foram alvo de mandados de prisão. Em Santa Quitéria, o prefeito José Braga Barrozo (PSB) foi preso momentos antes da cerimônia de posse, suspeito de envolvimento com uma facção criminosa durante o período eleitoral. A Polícia Federal investiga acusações de coação eleitoral, compra de votos e intimidação de eleitores e adversários, o que comprometeria a lisura do pleito. Com a prisão de Barrozo, o vereador Joel Barroso (PSB) assumiu o cargo interinamente.

Em Choró, o prefeito eleito Bebeto Queiroz (PSB) teve sua posse suspensa pela Justiça Eleitoral, pois ele está foragido e é alvo de mandado de prisão. O vereador Paulo George Sousa Saraiva (PSB) assumiu o cargo de prefeito interino.

De acordo com a Justiça Eleitoral, os vereadores assumem temporariamente o cargo de prefeito até que uma decisão final seja tomada sobre a situação dos eleitos ou até que seja determinada a convocação para um novo pleito. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também destacou que, em casos de alterações jurídicas significativas que afetem a candidatura, uma nova totalização dos votos será realizada.

A situação sub judice ocorre quando há dúvidas sobre o cumprimento dos requisitos eleitorais dos candidatos, podendo resultar em ações judiciais que questionam a legitimidade das candidaturas. Se a candidatura for invalidada definitivamente, o segundo colocado assumirá o cargo. No entanto, se o eleito barrado obteve mais de 50% dos votos, novas eleições podem ser convocadas.

Confira as cidades com prefeitos eleitos que ainda enfrentam pendências na Justiça:

  • Bandeirantes (SP)
  • Bocaina (SP)
  • Bonito de Minas (MG)
  • Choró (CE)
  • Eldorado (SP)
  • Goiana (PE)
  • Guapé (MG)
  • Guará (SP)
  • Itaguaí (RJ)
  • Mercês (MG)
  • Mongaguá (SP)
  • Natividade (RJ)
  • Neves Paulista (SP)
  • Panorama (SP)
  • Presidente Kennedy (ES)
  • Reginópolis (SP)
  • Ruy Barbosa (BA)
  • Santa Quitéria (CE)
  • São José da Varginha (MG)
  • São Tomé (PR)
  • Tuiuti (SP)

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Trudeau anuncia renúncia ao cargo de premiê após eleição de novo líder

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, declarou nesta segunda-feira, 6, que pretende renunciar à liderança do Partido Liberal após nove anos no comando. Ele permanecerá no cargo até que um novo líder seja escolhido pelo partido.

Trudeau enfrenta forte pressão interna devido a pesquisas que indicam uma ampla derrota dos liberais na próxima eleição. Durante coletiva de imprensa, ele informou que o Parlamento será suspenso até março, o que adiará qualquer votação de desconfiança contra o governo.

“Planejo renunciar como líder do partido e como primeiro-ministro após a escolha do novo líder por meio de um processo competitivo e nacional”, afirmou Trudeau. Ele destacou que o país precisa de uma “verdadeira opção” nas urnas e admitiu que as batalhas internas comprometeriam sua eficácia eleitoral.

À frente do governo desde novembro de 2015, Trudeau foi reeleito duas vezes, mas sua popularidade tem caído nos últimos dois anos devido à insatisfação com os altos preços e a crise habitacional. Pesquisas apontam uma derrota dos liberais para os conservadores liderados por Pierre Poilievre, especialmente em uma eleição prevista até o final de outubro.

A pressão para que Trudeau renunciasse aumentou significativamente após sua tentativa de rebaixar Chrystia Freeland, ministra das Finanças e aliada próxima, que se opôs aos seus planos de aumento de gastos. Freeland pediu demissão, acusando o premiê de priorizar “artifícios políticos” em detrimento do interesse do país.

Trudeau permanecerá como primeiro-ministro pelo menos até 20 de janeiro, quando o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomará posse. Trump já sinalizou a possibilidade de impor tarifas que podem impactar a economia canadense.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp