26 pessoas mantidas seminuas em cativeiro são resgatadas no Texas

Policiais da cidade de Houston, no estado do Texas, nos Estados Unidos, libertaram 26 pessoas de uma casa após atenderem a um chamado de sequestro na noite desta quinta-feira, 3. Os reféns estavam seminus, e a principal suspeita das autoridades é que eles eram vítimas de um esquema de tráfico de pessoas.

A suspeita do crime começou após um homem escapar do local e, apenas de cueca, gritar a palavra “sequestro” enquanto corria pelas ruas. Os policiais, então, atenderam ao chamado do homem e foram ao local em que ele afirmou ter sido mantido em cativeiro.

Ao chegar na casa, os oficiais descobriram que, além do rapaz que denunciou o crime, mais 25 pessoas eram mantidas lá. Todos os reféns estavam seminus e apenas uma era mulher. As vítimas não estavam feridas e foram levadas para o ginásio de uma escola local para passar a noite. Eles receberam roupas de vizinhos para se vestir.

Alguns dos resgatados disseram à polícia que estavam no cativeiro por, no máximo, uma semana. Segundo o canal televisivo ABC 13, investigadores disseram que as vítimas foram “capturadas” em Brownsville, também no Texas, e vieram de países como México, Honduras, El Salvador e Cuba.

A principal suspeita dos investigadores é que os resgatados sejam vítimas de um esquema de tráfico de pessoas. Um possível articulador do crime foi detido com um revólver em mãos, informou o site local Houston Chronicle. A polícia informou que está aguardando os funcionários da imigração para iniciar a investigação do caso.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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