A quantidade de mulheres goianienses que decidiram optar pelo Dispositivo Intrauterino (DIU) para evitar gestações foi de 1.218 somente na rede pública de saúde da capital no ano passado. Mais eficaz e menos desconfortável, o método anticoncepcional é uma alternativa aos tradicionais comprimidos. Em Goiás, o total de procedimentos chegou a 14.700.
O recurso é uma das estratégias para o planejamento familiar, principalmente no pós -parto. Eles costuma ser mais atrativo para as mulheres porque o índice de falha do DIU é de 0,2% a 0,8%, enquanto do da pílula anticoncepcional alcança 6%. É necessário o acompanhamento um, três e seis meses depois para avaliação médica da inserção do DIU.
“A inserção do DIU feita logo após o parto, em mulheres com gravidez de alto risco, evita que novas gestações sejam consignadas e, com isso, minimiza o risco de morte em novas gestações. Dessa forma, devemos ampliar, também, o treinamento dos médicos obstetras para a inserção do dispositivo pós-parto, a fim de garantir que as puérperas já saiam de nossas maternidades com suas vidas protegidas”, apontou o ex-diretor do Departamento de Ações Estratégicas e Programáticas do Ministério da Saúde, Antônio Braga Neto.
A estrutura é colocada pelo orifício do colo uterino e provoca mudanças bioquímicas e morfológicas no endométrio à medida que os íons são liberados na cavidade uterina, levando a uma ação inflamatória e citotóxica com efeito espermicida. A duração é de até dez anos, dependendo do tipo.
A diarista Carla Cruz tinha seis filhos quando decidiu adotar o método. Ela procurou uma unidade de saúde há cerca de quatro anos e logo em seguida foi acionada para passar pelo procedimento. “Foi a melhor coisa que eu fiz. Não dói nada. Meu marido disse que incomodava ele, mas na verdade era uma forma de reclamar por eu ter colocado o DIU. Estou ótima e não tenho mais risco de ‘pegar barriga’ ‘, disse.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diversos tipos de métodos contraceptivos: pílula hormonal combinada, mini-pílula, anticoncepcional injetável mensal e trimestral, diafragma e dispositivo intra-uterino de cobre.
A solicitação de um deles pode ser feita nas unidades básicas de saúde. As cirurgias de laqueadura e vasectomia também são uma opção, mas são mais invasivas porque são cirúrgicas.