2,8 mil motoristas devem fazer reciclagem para evitar suspensão da CNH

Pelo menos 2,8 mil condutores de caminhão, ônibus e carreta (categorias C, D e E) que têm entre 14 e 19 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) podem evitar a suspensão com curso de reciclagem preventiva. A medida foi lançada ontem no Palácio das Esmeraldas pelo governador Marconi Perillo (PSDB) e pelo presidente do Detran-GO, Manoel Xavier e começa a valer dia 1º de março.

O programa tem o objetivo de evitar que o condutor atinja os 20 pontos e perca o direito de dirigir por um ano. O motorista que optar pela reciclagem terá a pontuação zerada após pagamento de taxa no valor de R$ 116,61 e conclusão do curso de trinta horas-aulas. De acordo com o presidente do Detran, a iniciativa contribui para a segurança no trânsito e evita que motoristas profissionais percam o emprego. “A reciclagem preventiva ajudará motoristas profissionais a, e retirar a pontuação, evitando a suspensão de sua CNH ao atingir 20 pontos”, explica Xavier.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Goiás (Sindittransporte), Alberto Magno apoia a iniciativa do governo e diz que o programa vai ajudar a resolver um problema social. “O condutor que tem a carteira suspensa pode ser demitido por justa causa, de acordo com a legislação. Então, essa iniciativa ajuda a conscientizar o motorista e garante emprego e renda os profissionais da estrada. Essa medida vem resolver um problema não só de trânsito mais social”, avalia.

O programa não vale para os 27.348 condutores goianos de carro e moto (categorias A e B) com 20 pontos ou mais, não anula multas e o condutor só poderá se beneficiar da medida uma vez a cada 12 meses. Para fazer o curso, os interessados deverão ir a qualquer unidade do Vapt Vupt, pagar a taxa e escolher o melhor plano de aulas, que terá turmas aos finais de semana.

Patrícia Santana

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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