28ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ reúne 50 mil pessoas em Goiânia

28ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ reúne 50 mil pessoas em Goiânia

A 28ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+, que contou com apoio da Prefeitura de Goiânia, reuniu cerca de 50 mil pessoas na região central da capital. O tema deste ano foi “Transfobia mata!, Acolher, Proteger e Respeitar”, e marcou o encerramento da Semana Municipal da Diversidade, dentro do Circuito Cultural Goiânia de Todas as Cores, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult).

O evento foi o principal da Semana Municipal da Diversidade. Os participantes percorreram trajeto que se iniciou na Praça Cívica, desceu a Avenida Araguaia, passou pela Avenida Paranaíba e, em seguida, subiu pela Avenida Tocantins em direção ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, onde estava montado o palco para as atrações. No local, a Prefeitura de Goiânia promoveu o Show de Todas as Cores, com a presença de artistas da cidade e participação especial de Kaya Konky, cantora do meio LGBTQIAPN+.

“Esse é um movimento social e político onde é solicitada a inclusão e reivindicada várias ações pelo poder público. O mais importante é a gente promover a inclusão de cada uma dessas pessoas que participaram deste evento”, afirmou o titular da Secult, Zander Fábio.

De acordo com o superintendente LGBTQIAPN+ de Goiânia, Adriano Ferreto, a prefeitura ofereceu toda a estrutura do evento, como palco, banheiros e trios, além de segurança, com apoio da Polícia Militar. Além disso, as atrações fizeram parte do Circuito Cultural Goiânia Todas as Cores, maior programa de fomento cultural do país.

“Foi um evento histórico. É a primeira vez que a Prefeitura de Goiânia apoia de fato o evento da forma como foi feito, com o suporte da Secult e das demais pastas da administração do prefeito Rogério Cruz. A gestão já entrou para história pela realização da melhor parada dentre essas 28 edições”, afirmou Adriano Ferreto.

Comemorações

Pela primeira vez na história, a Prefeitura de Goiânia realizou a Semana Municipal da Diversidade, comemorada entre os dias 17 e 24 de junho. A programação contou com oficinas, peças de teatro, shows de standup e atrações musicais. O evento faz parte do Circuito Cultural Goiânia Todas as Cores em comemoração ao Mês do Orgulho LGBTQIAPN+.

Nos oito dias de programação, foram realizados eventos como oficinas de vogue, perucas e maquiagem, peças de teatro com temática LGBTQIAPN+, apresentações humorísticas, artísticas e musicais. Os artistas escalados residem na capital, o que é mais uma forma de estimular a cultura local. “Estamos estimulando a democracia cultural na nossa cidade. O Circuito Cultural Goiânia de Todas as Cores é um exemplo disso. Estamos fazendo história a cada ação. Os artistas que estão na programação trabalham, vivem da arte e fazem ela acontecer em Goiânia”, pontuou Zander.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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