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30 homens LGBTQIA+ são presos porque estavam em uma sauna gay na Venezuela

Última atualização 28/07/2023 | 17:16

Ao menos 30 homens LGBTQIA+ foram presos porque estavam em uma sauna gay em Valência, no estado de Carabobo, na Venezuela. A polícia do estado fez uma operação no último domingo, 23. De acordo com os agentes as acusações são de ultraje ao pudor, aglomeração e poluição sonora. 

Algumas versões relataram que a corporação teria agido por uma denúncia anônima, alegando que no local acontecia um sexo grupal. A Polícia Nacional Bolivariana afirma que os frequentadores se gravavam e pretendiam comercializar material pornográfico.

Conforme divulgado pela ONG Observatório de Violência LGBTQIA+, os 30 foram liberados, no entanto ainda terão que se apresentar à Justiça. O dono do local e dois massagistas ainda continuam detidos e precisarão apresentar fiadores para sair.

Perseguição contra o público LGBTQIA+

Os ativistas LGBTQIA+ do país afirmam que as pessoas detidas estavam em um local privado e que foram acusadas de ultraje ao pudor. No entanto, é importante destacar que elas estavam em um ambiente fechado.

Além da detenção, as imagens dos homens presos foram amplamente divulgadas, o que levanta preocupações entre os ativistas sobre a perseguição e criminalização da homossexualidade.

A Anistia Internacional do país expressou críticas à ação da polícia, alegando que os 33 detidos foram difamados, privados de proteção judicial e submetidos a detenção arbitrária, tudo isso por conta da orientação sexual em 2023. Vale ressaltar que o estado de Carabobo é governado por políticos chavistas.