36% dos brasileiros passam mais de uma hora por dia no transporte público

36% dos brasileiros passam mais de 1h por dia no transporte público

Cerca de 36% dos brasileiros passam mais de uma hora por dia em deslocamento para realizar atividades de rotina, como trabalho e estudo. A conclusão é do levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que ouviu 2.019 pessoas entre 1º e 5 de abril deste ano.

Metade das pessoas ouvidas afirmam ter a qualidade de vida afetada pelo tempo gasto no transporte, tendo estresse o sintoma mais recorrente. Os mais afetados pela demora são os trabalhadores, onde 60% relatam chegar atrasados no trabalho. Outros 32% relatam terem recursado ofertas de emprego e 10% trocado de posto devido ao percurso.

Alguns dos entrevistados relataram que a demora no transporte público cresceu após a pandemia, devido a diminuição de rotas fornecidas pelas companhias.

Carros de aplicativo

Para diminuir o tempo de espera e, também, no que esperam dentro do ônibus, os usuários tendem a recorrer outros meios de transporte. Um estudo do CNI, publicado no começo deste mês, mostrou que o público tem preferência em utilizar carros por aplicativo a serviços públicos de transporte.

De acordo com o levantamento, 64% dos usuários consideram o serviço oferecido por empresas como Uber e 99 como boas ou ótimas. O segundo melhor avaliado é o metrô, que possui 58% de aprovação. Na sequência, aparecem trem, táxi e ônibus. Esse fica em 29% de avaliações positivas.

No quesito custo-benefício, o transporte privado também lidera. A maioria considera ser mais vantajoso viajar com os motoristas de aplicativo a enfrentar outras formas de locomoção.

Transporte em Goiás

Apesar da preferência pelos automóveis, o ônibus é o meio de transporte coletivo mais utilizado frequentemente utilizado pela população. Em Goiás, porém, mostrou uma decaída no número de usuários no ônibus.

Uma pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG), mostram que, entre 200 e 2019, o número de pessoas na capital que utilizam o transporte público decaiu de 37,7% para 37,1%. Já em outros tipos de mobilidade, 59,6% dos goianos passaram a utilizar transporte individual enquanto o transporte por bicicleta aumentou para 12%.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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