38 mil famílias serão beneficiadas com kits para TV digital em Aparecida de Goiânia

Como resultado do processo de desligamento do sinal analógico de televisão no país instituído pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 38 mil famílias do município de Aparecida de Goiânia e beneficiárias dos Programas Sociais do Governo Federal receberão kits com antenas e conversores para imagens de TV digital. Para isso será assinado nos próximos dias um Termo de Cooperação entre a Prefeitura de Aparecida e a Seja Digital, entidade responsável por orientar a migração do sinal de televisão analógico para digital no Brasil.

“Desde o início deste mandato nos direcionamos no sentido de digitalizar e informatizar Aparecida. Esta parceria, que beneficiará dezenas de milhares de famílias, será um bom primeiro passo” – pontua o prefeito Gustavo Mendanha. A determinação da Anatel institui que a partir do dia 31 de maio de 2017 a programação dos canais abertos de televisão seja transmitida apenas pelo sinal digital, com imagem e som de cinema.

O secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Cleomar Rocha, explica que os kits gratuitos são compostos por antena UHF, conversor e controle remoto. Segundo ele, as famílias receberão os kits pelo correio. Apenas beneficiários de Programas Sociais do Governo Federal como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Tarifa Social de Energia Elétrica e demais contemplados pelo CadÚnico, poderão ser contemplados.

Segundo ele, após a assinatura do termo haverá um acompanhamento de todas as entregas, além de revisão dos cadastros, com possiblidade de ampliação de número de kits. “O conjunto permite o encapsulamento de um sistema que poderá futuramente servir de acesso a diversos serviços públicos oferecidos pela Prefeitura. Com o uso desta tecnologia, poderemos encurtar a distância entre o Poder Público e a população. O kit está preparado para dispor, no futuro, de diversos sistemas para o exercício da cidadania” – conclui o secretário.

Desligamento
Além de Aparecida de Goiânia, o sinal analógico será desligado em outros 28 municípios do estado: Abadia de Goiás, Abadiânia, Alexânia, Anápolis, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Campo Limpo de Goiás, Caturaí, Goianápolis, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Itauçu, Leopoldo de Bulhões, Nerópolis, Nova Veneza, Ouro Verde de Goiás, Pirenópolis, Santa Bárbara de Goiás, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Teresópolis de Goiás e Trindade.

A Seja Digital é uma Entidade Administradora de Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais TV e RTV (EAD) e foi criada por determinação da Anatel, tem como missão garantir que a população tenha acesso à TV Digital, oferecendo suporte didático, desenvolvendo campanhas de comunicação e mobilização social e distribuindo kits de TV digital para as famílias cadastradas em programas sociais do Governo Federal.

A empresa é responsável pelos serviços de aferimento dos sinais de TV digital, remanejamento dos canais nas frequências e também de garantir a convivência sem interferência dos sinais da TV e 4G após o desligamento do sinal analógico. Esse processo teve início em abril de 2015 e tem previsão de finalização em 2018, de acordo com cronograma definido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Para informar e preparar a população, a estratégia da Seja Digital é implementar campanhas e ações que mantenham a entidade muito próxima das comunidades menos digitalizadas em cada uma das cidades.

“O processo acontecerá de maneira semelhante ao que fizemos em Brasília. Além da campanha com filmes na TV e na internet, teremos peças de comunicação por toda a região e equipes atuando em locais estratégicos para abordar a população e orientar sobre a instalação da antena, do conversor e como fazer o agendamento para retirar o kit gratuito”, explica Rommel Sena, Gestor Regional da companhia.

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Após enchentes, Aeroporto Salgado Filho reabre nesta segunda no RS

Os voos comerciais serão retomados a partir desta segunda-feira, 21, no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, após cerca de 170 dias fora de operação devido aos estragos causados pelas chuvas que atingiram o estado em abril e maio.

De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, cerca de 9 mil passageiros circularão já no primeiro dia de operação, que contará com 71 voos (37 partidas e 34 chegadas).

Segundo a Fraport, concessionária que administra o aeroporto, as primeiras rotas abrangem voos com origem ou destino a Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

A expectativa é que a movimentação seja ampliada pouco a pouco, já que, mesmo operando com apenas parte da pista principal, o Salgado Filho já comporta até 128 operações domésticas por dia.

“Antes do Natal, o aeroporto estará 100% funcionando, [inclusive] com voos internacionais”, assegurou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, em um vídeo postado nas redes sociais.

“E vamos manter toda essa ampliação da malha aeroportuária que criamos no interior do estado, durante este período de dificuldade”, acrescentou Pimenta, destacando a importância do Salgado Filho para o processo de reconstrução e a retomada da atividade econômica no Rio Grande do Sul.

Com a volta gradual das operações, check-in, despacho de bagagens, embarque e desembarque de passageiros serão feitos no próprio aeroporto – temporariamente, na área internacional, com acesso pelas portas 5 e 6 do segundo piso.

Os primeiros estabelecimentos da praça de alimentação também começarão a funcionar na próxima semana. A previsão da Fraport é recuperar toda a pista de pouso e decolagem e restabelecer os primeiros voos internacionais até 16 de dezembro.

Concentração

Responsável por mais de 90% do tráfego aéreo no Rio Grande do Sul, o Aeroporto Salgado Filho teve que ser integralmente fechado em 3 de maio, quando a catástrofe socioambiental que afetou mais de 2,34 milhões de pessoas em 468 das 497 cidades do Rio Grande do Sul, ceifando ao menos 183 vidas, alagou as pistas de pouso e decolagem e o terminal de passageiros.

Em meados de julho, a Fraport Brasil retomou parcialmente o processamento (check-in e desembarques) de passageiros e o controle de segurança no aeroporto, mas os clientes continuaram sendo transportados, em ônibus, de/para a Base Aérea de Canoas, a cerca de 10 quilômetros de distância, de onde os aviões partiam ou chegavam.

O fechamento do Salgado Filho evidenciou a necessidade de investimentos públicos e privados em aeroportos regionais. E levou a concessionária a pedir ao governo federal a revisão extraordinária do contrato de concessão, alegando que, com a interrupção das atividades e necessidade de reparar os estragos das cheias, sofreu um impacto financeiro significativo.

Em agosto, a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou a liberação, pelo Ministério de Portos e Aeroportos, de R$ 425,96 milhões para a empresa.

No último dia 27, o Palácio do Planalto autorizou, por meio da Medida Provisória nº 1.260, o Ministério de Portos e Aeroportos a repassar à Fraport a quantia aprovada pela Anac. O dinheiro será repassado à concessionária em parcelas, à medida que for comprovada a necessidade dos gastos. Consequentemente, o valor ainda pode ser ajustado.

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