Um estudo realizado pela Famivita mostra que 47% das mulheres de Goiás apontam não existir igualdade de gênero. O estado também aparece em 13º lugar no ranking dos estados em que as brasileiras acreditam que o feminismo é necessário. No âmbito nacional, 55% das brasileiras apontaram a desigualdade, especialmente as mulheres na faixa etária de 45 e 49 anos.
Os dados demonstram que Roraima é o estado em que mais mulheres destacaram a desigualdade com 63%, seguida pela Paraíba, com 58% e Piauí, com 56%. Em São Paulo, no Distrito Federal e no Rio de Janeiro, tal número foi de 43%, 52% e 36%, respectivamente. Já em Pernambuco, 52% delas enfatizaram a existência da disparidade de gênero.
Das timelines às mesas de bar, passando pelos seriados e as pesquisas acadêmicas, a igualdade de gênero nunca esteve tão em pauta como na atualidade e o Dia Internacional da Mulher fomenta ainda mais o debate.
Em relação a representatividade política, por exemplo, em 2022, as candidaturas femininas bateram recorde, com 33,3% dos registros nas esferas federal, estadual e distrital. Apesar disso, elas ocuparam apenas 17,3% das cadeiras no Senado.
No âmbito profissional, igualmente, há ainda poucas mulheres em posições de chefia e os prejuízos vão muito além disso. Uma pesquisa divulgada pela Catho, em 2019, apontou o quanto elas estão em desvantagem no mercado de trabalho devido à gravidez, visto que o número de mulheres que abandonam o emprego por conta dos filhos chega a 30%, enquanto somente 7% dos homens deixam seu trabalho pelo mesmo motivo. Em outra vertente, um relatório divulgado pela Oxfam Internacional mostrou que as mulheres são responsáveis por 75% de todo o trabalho de cuidado não remunerado no mundo.