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47,7% dos bolsonaristas vacinados na prisão recusaram aplicação de dose contra Covid

Última atualização 19/01/2023 | 08:54

O discurso negacionista das vacinas foi seguido por 47,7% dos bolsonaristas presos nos atos antidemocráticos que se recusaram a receber aplicação de doses de proteção à covid. Um levantamento da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) em apenas um dos locais que abrigam o grupo apontou que poucos aceitaram se imunizar contra diversos tipos de outras doenças.

 

De acordo com o documento encaminhado à Justiça, dos 904 presos, 134 aceitaram se proteger. No entanto, 64 deles não quiseram ser vacinados contra covid e outros 19 discordaram da imunização contra hepatite B, tétano e tríplice viral. O protocolo da administração penitenciária do governo do DF é oferecer a imunização. Os dados são preliminares e se referem somente ao Centro de Detenção Provisória II, no presídio da Papuda.

 

O protocolo é uma estratégia para prevenir surtos dessas doenças entre a população carcerária. O risco cresceu com o aumento da lotação, que chegou ao dobro da capacidade da Papuda. Há 1.176 vagas, mas 2.139 pessoas estavam alocadas na unidade na semana passada, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF).

 

Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele se manifestou publicamente contra a vacinação da população. Ele foi infectado pela doença duas vezes e nunca divulgou se tomou a vacina. A resposta depende da publicação do documento sobre o assunto que foi classificado como sigiloso durante 100 anos, O sucesso, o presidente Lula, determinou à Controladoria Geral da União que revesse toda a documentação para avaliar se os critérios adotados são adequados.

 

Balanço:

904 presos no 

134 vacinados

64 recusas à vacina contra covid

19 recusas às vacinas contra hepatite B, tétano e tríplice viral

Fonte: SES-DF (Centro de Detenção Provisória II)

 

Risco

 

A covid chegou a mais de 80% das prisões em 14 estados, incluindo Goiás, segundo um levantamento da Agência Pública baseado na Lei de Acesso à Informação (LAI) e em contatos com assessorias de imprensa.  A vacinação não é obrigatória no Brasil, mas é pré-requisito para algumas situações. 

 

No caso de crianças e famílias beneficiárias do Auxílio Brasil, o cartão vacinal atualizado dos pequenos é imprescindível para a liberação do pagamento do programa e matrícula em instituições públicas de ensino.  

 

O debate acerca do assunto foi suscitado durante a pandemia. Um dos argumentos dos críticos é o mesmo repercutido entre bolsonaristas extremistas que associam à agilidade dos cientistas em produzir uma vacina contra covid, comparado a outros imunizantes, a um tratamento experimental com efeitos colaterais desconhecidos.