50% das mulheres podem sofrer com infecção urinária

“As mulheres devem estar sempre atentas e evitar tomar medicamentos por conta própria e se possível manter uma alimentação saudável e ingerir muita água, indo ao banheiro com regularidade, mas não muito frequente e não segurar demais a urina, assim é necessário o equilíbrio”

Ao menos uma vez na vida, 50% das mulheres sofrerão com Infecção do Trato Urinário (ITU). E 25% terão o problema de modo recorrente, ou seja, ao menos três vezes ao ano. A Infecção de Trato Urinário pode atingir desde a uretra, bexiga ou até o rim e ela acomete a mulher em qualquer faixa etária. Além de ser muito comum nas gestantes, sendo a principal causa de parto prematuro. Por isso da importância de ser diagnosticada e tratada rapidamente.

A partir disso, o ginecologista Dr.Tadeu Batista de Carvalho destaca que geralmente a infecção pode ser assintomática que não apresenta nenhum sintoma ou apenas conter alguns sintomas como dor ao urinar, coloração escura, retenção de urina e outros.  “Ao ir ao médico a mulher realiza alguns exames e é possível detectar leucócitos no exame de urina normal, mas, às vezes não é infecção de urina sendo preciso fazer uma cultura para ver realmente se existe a presença de bactéria”, explica.

Segundo Dr. Tadeu tomar antibióticos por conta própria pode selecionar as bactérias correndo o risco de uma infecção ainda mais grave. “As mulheres devem estar sempre atentas e evitar tomar medicamentos por conta própria e se possível manter uma alimentação saudável e ingerir muita água, indo ao banheiro com regularidade, mas não muito frequente e não segurar demais a urina, assim é necessário o equilíbrio”, afirma.

Ainda de acordo com o especialista caso não apresente sintomas não tem necessidade de tratamento, somente de prevenção e em relação as gestante, mesmo que assintomática se ela tiver caso de infecção de urina é indicado o tratamento. Isso pode ser feito com medicamentos naturais e uso de antibiótico dependendo da bactéria. A mulher deve procurar o ginecologista rotineiramente já que a infecção de urina assintomática pode ser gravíssima.

No caso da aposentada Marlene Oliveira de 76 anos, que teve infecção urinária há dois meses com duração de duas semanas, conta que percebeu ao sentir fortes dores ao urinar, além disso, notou a coloração escura, retenção de urina e inicio de febre. Com o diagnostico rápido o tratamento foi feito com antibióticos e antitérmicos além de muita água. “Fiz a confirmação por meio do exame e fiz o tratamento seguindo as recomendações medicas e isso ajudou na melhora rápida da infecção”, relata.

Prevenção

A prevenção principal é manter uma boa alimentação, tomar muita água pelo menos de dois a três litros de água diariamente. Com isso evitando outras infecções genitais além da urinaria, os traumatismos genitais e corrimentos.

A faixa etária influencia, tanto nas crianças quanto nas idosas aumentando o risco de infecções e nas mulheres após a menopausa, com a diminuição dos hormônios o trato genital começa a ter uma atrofia natural. E isso segundo Dr. Tadeu pode aumentar o risco dessas infecções “não somente pela queda da bexiga como o trato genital que com a atrofia fica mais suscetível as infecções”, ressalta.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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