Um levantamento do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO) constatou que duas em cada cinco lojas comerciais em Goiânia fecharam as portas da pandemia. O levantamento foi realizado em fevereiro deste ano.
Segundo a pesquisa, de 4.532 pontos comerciais encontrados em grandes avenidas da capital, como Anhanguera e Tocantins, o Sindilojas-GO detectou que 45% delas (2.043 das lojas) encerraram as atividades.
O levantamento mostra que apenas 55% dos pontos comerciais existentes nestes e em mais de 20 polos do varejo na capital estão em funcionamento (corresponde a 2.489 lojas de rua). Segundo o presidente do Sindilojas-GO, Cristiano Caixeta, o cenário é considerado alarmante.
“Quando o comércio de rua enfraquece, a economia da cidade também esmorece. Não são só CNPJs que deixam de existir, mas milhares de empregos, renda de muitas famílias e arrecadação tributária, prejudicando os investimentos feitos com os impostos arrecadados”, analisa Cristiano.
O sindicato calcula que, considerando o fechamento de 4.543 lojas, a economia de Goiânia deixa de movimentar anualmente R$ 2,1 bilhão, fechando 15 mil postos de trabalho. Ainda nos cálculos, o fechamento pode levar a uma perda de arrecadação tributária de R$ 147,8 milhões por ano, para o Estado e para a Prefeitura de Goiânia.
Já no interior, o Sindilojas-GO consultou 61 entidades para apurar a situação do varejo nas demais regiões do estado. Apesar de 60% das entidades responderem que o comércio em suas cidades têm melhorando, 18% delas sinalizaram piora nas vendas e fechamento de lojas.
Motivação
De acordo com o presidente do Sindilojas-GO, uma parcela significativa das lojas físicas pode ter migrado para o e-commerce para diminuir custos operacionais com aluguéis, contas de água e energia elétrica, além de impostos como IPTU.
“Os governantes precisam criar meios de socorrer o setor produtivo, que tanto contribui para a empregabilidade em Goiás e no Brasil. Uma alternativa seria abrir crédito subsidiado através do BNDES, como foi feito na pandemia; já é um alento para as micros, pequenas e médias empresas”, argumenta o presidente Cristiano Caixeta.