59% da população na Amazônia vive em municípios com presença de facções

59% da população na região amazônica vive em municípios com presença marcantes de facções criminosas

59% da população na Amazônia vive em municípios com presença de facções

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto Mãe Crioula divulgaram o resultado do estudo “Cartografias da Violência na Região Amazônica“, que revela que a taxa de mortes violentas intencionais na Amazônia Legal foi 52% maior do que a taxa no Brasil. De acordo com o levantamento, o Brasil registrou cerca de 23,3 mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes, enquanto na região amazônica essa mesma taxa foi de 33,8.

Entenda mais sobre o estudo

O estudo apresenta uma redução no número de mortes violentas na região, mas ainda está acima da média nacional registrado ao longo de 2022.  A Amazônia Legal é composta por nove estados brasileiros, sendo eles Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Entre esses estados, o Amapá foi o estado mais violento, com taxa de 50,6 mortes por 100 mil habitantes. 

Em seguida, está o Amazonas com taxa de 38,8, o Pará com 36,9, Rondônia com taxa de 34,3, Roraima e Tocantins com taxa de 30,5 mortes por 100 mil habitantes. Os estados com as menores taxas foram Mato Grosso com 29,3, o Acre com 28,6 e o Maranhão, com 28,5. No total, foram mais de 9 mil pessoas vítimas de mortes violentas intencionais na Amazônia Legal. 

O levantamento associa esses dados com o surgimento de redes do narcotráfico e a interiorização das facções criminosas na Amazônia e explica que tal fenômeno ocorre em função do interesse destes grupos em controlar as principais rotas que começam nas fronteiras até as principais cidades que funcionam como pontos de integração da organização espacial e territorial do crime organizado. 

Assim, o estudo indica que 59% da população vive em municípios com a presença marcante de organizações criminosas. Isso equivale a um terço dos habitantes da Amazônia Legal. “Estas facções nos últimos anos chegaram até as comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas, uma ameaça para além das cidades, conectando-se a outras atividades ilegais e crimes ambientais”, afirma o relatório. 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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