“5G em Goiânia agora é uma realidade”, diz Rogério Cruz ao sancionar instalação de antenas

“5G em Goiânia agora é uma realidade”, diz Rogério Cruz ao sancionar instalação de antenas

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, realizou, na tarde desta sexta-feira ,04, a solenidade de sanção da Lei 11.003/2023, que é um marco para Goiânia ao estabelecer as diretrizes que regem o licenciamento e instalação de infraestrutura de suporte para Estações Transmissoras de Radiocomunicação (ETR). A cerimônia ocorreu no Salão Nobre do Paço Municipal, onde representantes do governo federal, vereadores e setor produtivo se reuniram em prol dos avanços que vão acelerar a implementação da tecnologia 5G na Capital.

A nova legislação, fortemente embasada nas orientações técnicas e critérios de legalidade delineados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), é projetada para acelerar esse processo. O prefeito enfatizou que essa etapa marca um avanço significativo para a cidade, permitindo a instalação de antenas de 5G e trazendo uma série de vantagens e progressos para a população. Embora Goiânia já tenha inaugurado o 5G em agosto do ano anterior, a cobertura ainda não atende a toda a extensão da cidade.

“5G em Goiânia agora é uma realidade”, declarou o prefeito Rogério Cruz em seu discurso. Ele ressaltou a importância do passo dado em direção ao futuro, destacando como a tecnologia impulsionará o desenvolvimento econômico, aprimorará a qualidade de vida e colocará a cidade no mapa da inovação. O 5G, segundo o prefeito, abrirá portas para diversas oportunidades em setores como negócios, educação e saúde, promovendo avanços rápidos.

A Lei 11.003/2023, proposta pelo Executivo Municipal, estabelece critérios e parâmetros urbanísticos para a implantação de infraestrutura de telecomunicações em áreas públicas, com restrições em locais de circulação de veículos. A legislação prevê um prazo de dez anos para permissão de uso de bens públicos, podendo ser renovado.

Dentre os critérios, a lei aponta que a infraestrutura deve respeitar os projetos urbanísticos e paisagísticos, sem prejudicar o uso de praças e parques e sem danificar, impedir ou inviabilizar a manutenção, o funcionamento e a instalação de outros serviços públicos. Ainda assim, precisa respeitar as normas relativas às zonas de proteção de Aeródromo, de Heliponto, de Auxílios à Navegação e Proteção Aérea, além das antenas terem de atender a altura máxima permitidas pelo Comando da Aeronáutica (Comar).

A lei também estabelece um processo de autorização e cadastramento das antenas, garantindo um ambiente regulamentado para a implantação da infraestrutura necessária para o funcionamento do 5G.

Cidade Inteligente

O objetivo da lei, além de garantir que o 5G chegue à população, é colocar em prática, segundo o secretário municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia, Paulo César da Silva, o projeto Cidade Inteligente. “Desta forma, Goiânia vai conseguir atrair investimentos e novas empresas focadas em inovação e tecnologia, geração de emprego, renda e melhora da qualidade de vida das pessoas, assim como do serviço público”, frisou, ao acrescentar que a capital pode receber 100 novas estações.

O titular da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), Valfran Ribeiro, explicou que é um ganho muito grande para Goiânia a sanção da nova legislação que trata da tecnologia 5G em Goiânia. “Faltavam essas regras, por parte do município, para que as operadoras pudessem expandir o 5G com os novos equipamentos. Já existem algumas torres antigas na capital, mas que eram utilizadas para nova tecnologia e sem as regras estabelecidas pela atual legislação. Agora, as novas serão instaladas e terão de respeitas regras, como, por exemplo, tamanho, espaçamento e regras”, explica o secretário, além lembrar que todas as tratativas em relação à nova legislação foram debatidas com as operadoras de telefonia que operam em Goiânia.

Já o superintendente de Outorga e Recursos da Anatel, Vinícius Caram, lembrou que esse é o momento essencial e crucial para o avanço da tecnologia 5G em Goiânia. “Não podemos ter restrições e nem dificuldades para instalação de torres, uma vez que Goiânia tem hoje 850 estações para operação de forma geral, com 3G e 4G, e, para a nova tecnologia 5G, são 250 estações, isso quer dizer que as alterações são feitas de forma gradual pelas operadoras, o que temos, até o momento, 30% das antenas operando em 5G”, enumerou o representante da Anatel.

Ele salienta que a lei sancionada pelo prefeito Rogério Cruz permite, assim, que antenas de pequeno porte sejam instaladas, utilizando o mobiliário urbano de forma mais simples e com o licenciamento sendo expedido de forma mais célere. “Agora, a nossa expectativa é que podemos avançar ainda mais com a tecnologia 5G na cidade, em especial nas áreas que possam vir a ter possibilidade de cobertura”, revelou.

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Calvet, ressaltou a importância da tecnologia 5G para as empresas e pontuou que a sanção da lei é fundamental para consolidar Goiânia como Cidade Inteligente. “A Prefeitura de Goiânia regula o tema e vai servir de exemplo para outros municípios goianos, uma vez que difusão do 5G em Goiás será de forma rápida, além de que vai beneficiar, sobretudo, as expansões das empresas, bem como o serviço a ser oferecido”, afirmou.

Tecnologia 5G

O 5G, conhecido como a quinta geração de redes móveis, apresenta avanços consideráveis em relação ao 4G. Com velocidades entre 1 e 10 gigabits por segundo, o 5G é até 100 vezes mais rápido. Além disso, sua menor latência proporciona respostas quase instantâneas, sendo fundamental para a automatização de processos. O 5G também exige uma infraestrutura diferente, com antenas menores, o que potencializa seu alcance e benefícios.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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