60% dos sobreviventes de AVC’s podem enfrentar problemas cognitivos

Médicos apontam que 60% dos sobreviventes de AVC podem enfrentar declínio cognitivo

Mais da metade dos sobreviventes de um acidente vascular cerebral (AVC) têm tendência a desenvolver comprometimento cognitivo dentro de um ano após o problema. Além disso, um em cada três sobreviventes correm o risco de demência dentro de 5 anos após o episódio. O alerta foi divulgado pela American Heart Association em conjunto com a American Stroke Association, em uma declaração científica publicada na revista Stroke.

De acordo com a médica e presidente do comitê de redação da declaração, Nada El Husseini, a deficiência cognitiva é uma condição muitas vezes subnotificada e subdiagnosticada, mas muito comum com a qual os sobreviventes de derrame frequentemente lidam. 

Mais pesquisas são necessárias para entender como o comprometimento cognitivo se desenvolve após o AVC. Porém o novo documento aconselha que pacientes que se recuperam da doença tenham as funções cognitivas avaliadas e acompanhadas após o episódio.

Tipos de AVCs

O AVC isquêmico, causado por um bloqueio em um vaso sanguíneo que fornece sangue ao cérebro, representa 87% de todos os acidentes vasculares cerebrais. Enquanto os hemorrágicos, que ocorrem quando um vaso sanguíneo enfraquecido se rompe, representam cerca de 13%. 

“Os sobreviventes de AVC devem ser sistematicamente avaliados quanto ao comprometimento cognitivo, para que o tratamento possa começar o mais rápido possível após o aparecimento dos sinais”, disse El Husseini.

Ainda conforme a declaração, o comprometimento cognitivo é mais comum nas primeiras duas semanas após o ocorrido, mas pode aparecer até um ano após o episódio, e chega a afetar até 60% dos sobreviventes.

Cerca de 40% desse público não atende aos critérios diagnósticos para demência, mas o problema ainda afeta a qualidade de vida deles, tendo incapacidade física, distúrbios do sono, alterações comportamentais e de personalidade, depressão e outras alterações neuropsicológicas.

“O comprometimento cognitivo após o AVC varia de comprometimento leve a demência e pode afetar muitos aspectos da vida, como memória, pensamento, planejamento, linguagem e atenção, bem como a capacidade de uma pessoa trabalhar, dirigir ou viver de forma independente”, ressalta El Husseini.

A declaração ainda aponta que até 20% dos sobreviventes de AVC apresentam comprometimento cognitivo leve e recuperam totalmente a função cognitiva. Isso é mais provável de ocorrer nos primeiros seis meses após a condição.

Casos de AVC no Brasil

Segundo os dados do portal de Transparência do Registro Civil, mantido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, o acidente vascular cerebral matou mais de 87.518 brasileiros, entre 1ª de janeiro e 13 de outubro de 2022.  O número equivale a média de 12 óbitos por hora, ou 307 por dia, e faz do AVC a principal causa de morte no país.

Aumento do caso entre jovens

Tal condição é mais comum em adultos mais velhos, porém a incidência em jovens e pessoas de meia idade tem crescido nas últimas décadas. Idade, pressão alta, tabagismo, obesidade, estilo de vida sedentário e diabetes são conhecidos por aumentar os riscos.

O tratamento imediato para o AVC pode reduzir substancialmente o risco de sequelas graves e até mesmo morte. Por isso, saber identificar os sintomas da condição é fundamental.

De acordo com informações do Hospital Albert Einstein, uma das formas de identificar um AVC é fazer o teste SAMU:

  • Sorriso: peça para a pessoa sorrir. Veja se um lado do rosto não mexe;
  • Abraço: veja se a pessoa consegue elevar os dois braços como se fosse abraçar ou se um membro não se move;
  • Música: veja se a pessoa repete o pedacinho de uma música ou se enrola as palavras;
  • Urgente: chame uma ambulância ou vá a um pronto atendimento especializado.
  • Essa recomendação é importante porque os sintomas mais comuns da condição são desvio de rima labial (sorriso torto), dificuldade para levantar os dois braços e fala arrastada.

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Goiás tem alerta de tempestade com ventos de até 80 Km/h e chuvas intensas

Nesta quinta-feira, 26, Goiás deve ser marcada por tempestades e ventos intensos, alertam os meteorologistas. As previsões indicam que as chuvas poderão ser acompanhadas de ventos que alcançarão velocidades de até 80 km/h, exigindo atenção redobrada da população. Segundo a o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), as chuvas devem atingir todas as região goianas.

Esses alertas são emitidos devido às instabilidades atmosféricas que favorecem a formação de pancadas de chuva, especialmente durante a tarde e à noite. É importante estar ciente da possibilidade de raios e rajadas de vento fortes, que podem causar danos significativos.

Tempestades

Cidades como Rio Verde, Jataí e Itumbiara, no sul goiano, devem registrar chuvas de 10mm a 15mm. As temperaturas devem permanecer entre 19ºC e 31ºC, com umidade entre 60% e 95%.

Já no leste goianos, as cidade de Catalão, Luziânia, Formosa e Cristalina devem registrar chuvas médicos de 12 a 20 mm. As temperaturas devem ficar entre 17ºC e 32ºC e a umidade relativa do ar permanecer até 95%.

No oeste goiano, as chuvas devem atingir os municípios de Iporá, Aruanã, Caiapônia e Doverlândia podem registrar até 22mm de chuva, com as temperaturas variando entre 19ºC e 33ºC.

Goiânia e Anápolis, no centro goiano, tem previsão para pancadas de chuva isoladas, com temperaturas entre 19ºC e 30C, e a umidade do ar podendo chegar em 95%.

Precauções necessárias

Os moradores devem tomar precauções para minimizar os riscos durante as tempestades. Recomenda-se evitar se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas. Também é indicado não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda, que podem ser afetadas pela força dos ventos.

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estão preparados para atender às ocorrências e fornecer orientações necessárias. Para emergências, ligue para 199 (Defesa Civil) ou 193 (Corpo de Bombeiros) para obter apoio confiável.

As chuvas intensas têm o potencial de causar alagamentos, estragos em plantações e corte de energia elétrica. Portanto, é crucial que a população esteja atenta e siga as recomendações dos órgãos competentes para garantir a segurança de todos.

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