67% dos jovens nunca fizeram nenhum tipo de trabalho voluntário

Uma pesquisa feita pelo Goiás Pesquisas em parceria com o Diário do Estado, revelou algumas informações interessantes sobre o tema do trabalho voluntário. Das 732 pessoas ouvidas nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, apenas 24% já haviam realizado trabalho voluntário, enquanto 76% nunca tiveram a experiência.

Da população jovem, 67% respondeu que nunca realizou nenhum tipo de atividade voluntária na vida. Mas, de todas as pessoas ouvidas que já passaram pela ação, 71% são mulheres, e apenas 29% são homens.

Dentre as motivações, 68% das pessoas alegaram razões pessoais: doença na família, violência no bairro e religião. Nessa linha, 53% das pessoas  aderiram à causas religiosas ou de caráter humano. Outros 29% se envolveram com questões relacionadas à defesa dos animais, e 18% disseram que sua atividade se relaciona com “fazer o bem a quem precisa”.

Para quem não faz trabalho voluntário, as razões alegadas foram falta de tempo (29%) e não saber onde encontrar informações sobre isto (35%). Dentre as ações, 86% são relacionadas a doação de alimentos, roupas, material escolar ou dinheiro, enquanto 10% doam o tempo ou o serviço e 4% doam sangue.

E para quê as pessoas se envolvem nestes tipos de iniciativas? 51% dizem que para se sentirem melhor como pessoas, e outros 26% alegam questões religiosas.

Veja mais dados encontrados na pesquisa. Dos entrevistados:

57% desconfiam de organizações não-governamentais que possuem relações político partidárias;

13% diz não confiam em organizações não-governamentais;

9% diz que não fazem por não ter habilidades compatíveis com as vagas disponíveis;

14% diz que não fazem pela falta de flexibilidade de horários nas instituições;

6% faz por questões profissionais;

3% faz para ocupar o tempo livre;

14% faz porque “desejam mudar o mundo”;

71% buscam o voluntariado através da internet;

14% buscam em instituições religiosas;

6% buscam no bairro onde moram;

9% buscam no local de trabalho;

Para nós os dados encontrados nesse terceiro ano da Pesquisa sobre Voluntariado no Estado de Goiás reflete o cenário provocado pela pandemia de coronavírus, em especial, no que se refere à doação de alimentos e ao aumento na busca por atividades de voluntariado nas áreas de geração de emprego e renda e, saúde. – Jorge Lima.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp