8,5% da população goiana tem algum tipo de deficiência, aponta IBGE

deficiência

Um levantamento indica que 8,5% dos goianos convive com  algum impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial de longo. Na prática, a deficiência exige adaptação deles e da própria sociedade para incluir esse grupo de pessoas. A legislação garante uma série de direitos há quase 20 anos, mas ainda existem dificuldades em acessar parte deles, como a lei de cotas nas empresas.

 

No ano passado, uma grande empresa do ramo de segurança privada recebeu multa de R$ 90 mil aplicada pelo Ministério Público do Trabalho por não preencher as vagas destinadas às Pessoas com Deficiência (PcD). As cotas para esse público são de 2% quando o total de funcionário varia de 100 a 200 e sobe para 5% no caso de mais de mil colaboradores contratados pela instituição. 

 

A quantidade de pessoas com deficiência será atualizada com a divulgação do novo censo ainda neste ano após dez anos do mais recente. Em Goiás, cresceu o número de solicitações de uma carteira de identificação desse público. Foram 3.907 pedidos de 2019 até 10 de maio deste ano e 4.389 pessoas beneficiadas desde 2018. Embora sejam apenas uma parcela da população, as PcD’s tentam seguir uma vida normal. 

 

Uma goiana se tornou influencer compartilhando a vida com uma prótese de perna. Letícia Silvério perdeu o membro inferior esquerdo amputado após complicações de um câncer diagnosticado aos 5 anos de idade. Atualmente, ela usa as redes sociais como ferramenta de conscientização e de  renda. A moça já frequentou São Paulo e Rio de Janeiro provando roupas, divulgando marcas e gravando vídeos e clipes, inclusive com o vencedor do BBB 22, Arthur Aguiar

 

Em nível nacional, 25% da população brasileira tem algum tipo de deficiência, segundo o IBGE. Uma pesquisa do Instituto Locomotiva revelou que 77% dos PcD’s enfrentou ao menos um tipo de preconceito na cidade e 86% teme ser vítima de insegurança, como crimes patrimoniais, violência física ou no trânsito. Quase a metade dos entrevistados (45%) utiliza o transporte público e lida com restrições no trajeto e aproximadamente 80% já chegou atrasado a compromissos por falta de acessibilidade no percurso.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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