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8,5% da população goiana tem algum tipo de deficiência, aponta IBGE

Última atualização 16/05/2023 | 16:54

Um levantamento indica que 8,5% dos goianos convive com  algum impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial de longo. Na prática, a deficiência exige adaptação deles e da própria sociedade para incluir esse grupo de pessoas. A legislação garante uma série de direitos há quase 20 anos, mas ainda existem dificuldades em acessar parte deles, como a lei de cotas nas empresas.

 

No ano passado, uma grande empresa do ramo de segurança privada recebeu multa de R$ 90 mil aplicada pelo Ministério Público do Trabalho por não preencher as vagas destinadas às Pessoas com Deficiência (PcD). As cotas para esse público são de 2% quando o total de funcionário varia de 100 a 200 e sobe para 5% no caso de mais de mil colaboradores contratados pela instituição. 

 

A quantidade de pessoas com deficiência será atualizada com a divulgação do novo censo ainda neste ano após dez anos do mais recente. Em Goiás, cresceu o número de solicitações de uma carteira de identificação desse público. Foram 3.907 pedidos de 2019 até 10 de maio deste ano e 4.389 pessoas beneficiadas desde 2018. Embora sejam apenas uma parcela da população, as PcD’s tentam seguir uma vida normal. 

 

Uma goiana se tornou influencer compartilhando a vida com uma prótese de perna. Letícia Silvério perdeu o membro inferior esquerdo amputado após complicações de um câncer diagnosticado aos 5 anos de idade. Atualmente, ela usa as redes sociais como ferramenta de conscientização e de  renda. A moça já frequentou São Paulo e Rio de Janeiro provando roupas, divulgando marcas e gravando vídeos e clipes, inclusive com o vencedor do BBB 22, Arthur Aguiar

 

Em nível nacional, 25% da população brasileira tem algum tipo de deficiência, segundo o IBGE. Uma pesquisa do Instituto Locomotiva revelou que 77% dos PcD’s enfrentou ao menos um tipo de preconceito na cidade e 86% teme ser vítima de insegurança, como crimes patrimoniais, violência física ou no trânsito. Quase a metade dos entrevistados (45%) utiliza o transporte público e lida com restrições no trajeto e aproximadamente 80% já chegou atrasado a compromissos por falta de acessibilidade no percurso.