Bebê que sofreu ataque em creche de Saudades tem alta

O único sobrevivente entre os feridos no ataque à creche de Saudades (SC), na última terça-feira (4), um bebê de um ano e oito meses, recebeu alta médica nesta domingo (9), Dia das Mães.

O bebê esta internado no Hospital da Criança (HC) de Chapecó, no oeste catarinense, desde o dia do crime que matou três crianças menores de dois anos e duas professoras, Keli Adriane Aniecevski, 30, e a agente de educação Mirla Amanda Renner Costa, 20.

O autor da chacina, Fabiano Kipper Mai, 18, teria conseguido entra em uma das salas de aula e atingir outras crianças após atacar funcionárias. Socorrido por uma professora com ferimentos no rosto e no pescoço, o garoto foi levado ao pronto-socorro da cidade e depois transferido de helicóptero para o Hospital Regional do Oeste, em Chapecó. Como seu estado era grave, a criança foi operada ainda na terça-feira e, no dia seguinte, recebeu alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e encaminhado à enfermaria. Com o quadro estável, a criança foi transferida novamente, desta vez para o HC, na mesma cidade.

“Ele não chorava, não tinha reação nenhuma, estava pálido, assustado. Mas a boca dele borbulhava, só depois fui saber que era porque o pulmão dele tinha sido perfurado”, disse a professora Aline Biazebetti, 27, que socorreu o bebê.

A mãe do menino, Adriana Martins, agradeceu nas redes sociais a recuperação do menino e diz que ele ”nasceu novamente”.

“Dia das mães. Dia mais feliz da minha vida. […] Foi um milagre, Deus o protegeu, me devolveu com vida, hoje tenho em meus braços o presente que dinheiro nenhum pode pagar. A palavra é gratidão hoje e sempre é agradecer, agradecer e agradecer a Deus e a todos que não mediram esforços para salvá-lo. Agradecer pelas orações, as palavras de conforto, que Deus abençoe a cada um e console a todas as famílias. Feliz dia das Mães com todo amor e carinho”, escreveu.

A Escola Municipal Infantil Pró-Infância Aquarela atendia crianças na faixa etária do chamado berçário, de 0 a 3 anos. Na escola, por conta do coronavírus, apenas 50% dos alunos haviam voltado para as aulas normais.

A defesa de Fabiano Kipper Mai pediu à justiça para que seja feito um exame de sanidade metal. Se for constatado que o homem estava consciente no momento do crime, ele será julgado pelo Tribunal do Júri. Mas caso o exame aponte que ele não pode responder pelos seus atos, em vez de condenação penal poderá ser aplicada uma medida de segurança com internação para tratamento.

 

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Pesquisa aponta que 49% dos brasileiros acreditam em melhorias no país em 2025

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que 49% dos brasileiros acreditam que o país terá melhorias em 2025. O índice permanece estável em relação à pesquisa de outubro, mas registra uma queda de 10 pontos percentuais comparado a dezembro de 2023, quando o otimismo atingiu 59%.

A percepção de piora aumentou entre os entrevistados: 28% acreditam que o Brasil irá piorar em 2025, uma alta de cinco pontos em relação a outubro (23%) e de 11 pontos frente a dezembro do ano anterior (17%).

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 26, foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil participantes de todas as regiões do país.

Sobre o desempenho do Brasil em 2024, 66% dos entrevistados afirmaram que o país melhorou (40%) ou permaneceu igual (26%) em comparação a 2023. No entanto, essa soma representa uma queda de 13 pontos em relação a dezembro de 2023, quando 79% acreditavam que o cenário havia melhorado (49%) ou permanecido estável (30%).

A percepção de piora em 2024 alcançou 32% em dezembro, marcando um aumento significativo em relação aos 20% registrados no mesmo período do ano anterior.

Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, os resultados refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela. “O ano teve aspectos positivos, como o aumento do emprego, mas foi marcado por fatores adversos, como seca, queimadas e notícias sobre alta da Selic, juros e inflação”, explicou Lavareda.

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