Manchester canta música de Oasis em resposta ao terrorismo; Veja vídeo

“Don’t look back in anger”, ou “não olhe para trás com raiva”. O refrão de uma das músicas mais famosas da ex-banda britânica Oasis virou a principal resposta dos habitantes de Manchester ao atentado que matou 22 pessoas em um show de Ariana Grande na última segunda-feira (22).

Um dia depois do ataque, na terça passada (23), estudantes da escola de música de Chetham, vizinha à Manchester Arena, ficaram bloqueados dentro do perímetro de segurança estabelecido pela Polícia. Durante a tarde, enquanto aguardavam a liberação das forças de segurança, os jovens se reuniram no pátio e começaram a cantar “Don’t look back in anger”, um dos maiores hinos do rock dos anos 1990. A música, que não tem um significado preciso, foi composta pelo ex-guitarrista do Oasis Noel Gallagher e uma das primeiras às quais ele também emprestou sua voz.

Nesta quinta-feira (25), moradores de Manchester se reuniram na St. Ann’s Square para celebrar um minuto de silêncio em memória dos mortos no atentado. Após a homenagem, uma mulher começou a entoar a música sozinha, mas logo foi acompanhada pela multidão.

“‘Don’t look back in anger’ explica tudo. Não podemos ficar olhando para trás, temos de olhar para o futuro, isso é o que Manchester faz”, disse Lydia Bernsmeier-Rullow, a mancuniana responsável pela homenagem, ao site do jornal “Daily Mirror”.

Os irmãos Liam e Noel Gallagher, fundadores do Oasis, nasceram e cresceram em um bairro operário de Manchester e mantêm fortes ligações com a cidade. “Totalmente em choque e absolutamente devastado com o que está acontecendo em Manchester. Mando amor e luz para todas as famílias envolvidas”, escreveu Liam em seu Twitter após o atentado.

Já seu irmão mais velho postou na rede social o vídeo da homenagem na St. Ann’s Square e um coração dedicado aos mancunianos, como são chamados os habitantes da cidade.

Fonte: Agência ANSA

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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