“Goiânia vai parar”, diz presidente do Sindicoletivo

A greve dos motoristas de ônibus da região metropolitana de Goiânia está mantida e a região deve amanhecer sem transporte coletivo nesta terça-feira (11). É o que afirmou o presidente Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), Sérgio Reis.

Os sindicatos patronal e dos trabalhadores se reuniram nesta segunda-feira (10) para tratar das reinvindicações que os motoristas fazem às empresas. Entretanto, não houve acordo. “O que eles estão propondo não existe. A greve está mantida e vai parar Goiânia”, disse Sérgio.

O presidente afirmou ainda que a categoria deve fazer uma assembleia na madrugada desta terça para que a paralisação seja deflagrada. Os motoristas reivindicam a vacinação contra Covid-19 da categoria, que teria uma taxa de mortalidade próxima dos 8%. Outro ponto levantado é a data-base. O Sindicoletivo afirma que a de 2020 já não teve o ajuste retroativo, e a deste ano, nem foi feita ainda, pois os empresários alegam não terem recursos.

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da região Metropolitana de Goiânia (SET) entrou com uma ação na justiça para garantir o funcionamento do transporte coletivo. A entidade propôs aos trabalhadores a manutenção do que foi acordado no dissídio coletivo de 2020, com exceção do reajuste salarial.

As empresas pediram um prazo até de julho de 2021 para análise do cenário. De acordo com o vice-presidente do SET, Alessandro Moura, não é possível garantir aumento salarial neste momento. “A atual realidade não permite que se conceda um aumente como eles exigem, explica. “A categoria está recebendo com aumento no ticket e no salário desde janeiro desde ano, conforme acordado em dissídio passado”.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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