A goiana Cristianny Fernandes de Sousa, de 30 anos, morreu na noite desde domingo (9) após passar meses enfrentando um câncer no útero, em Bruxelas, capital da Bélgica. De acordo com a família, a mulher era mantida em cativeiro e sofria abusos.
Segundo a família da goiana, Cristianny se mudou em 2019 para a Europa após receber uma proposta de emprego na área de limpeza através de um homem que havia conhecido na internet. A mulher sonhava em dar melhores condições para as filhas, de 5 e 9 anos, que ficaram com a família em Aragoiânia, a 37km da capital.
A sobrinha de Clea contou que o homem que fez a proposta de emprego pagou as passagens de Cristianny, e depois que ela chegou, a manteve em cárcere privado na casa dele onde sofreu agressões sexuais. A mulher conseguiu escapar com a ajuda de uma brasileira. Cristianny teria sofrido dois meses por conta do estrupo antes de procurar ajuda médica em hospitais da cidade com a ajuda do Coletivo dos Brasileiros Sem Papeis da Bélgica. De acordo com a sobrinha, a tia teria sido diagnosticada com câncer no útero, o qual acreditava a ser em decorrência da infecção causada pelos abuso. A brasileira teria começado a fazer tratamentos necessários mas nos últimos meses teve um estado de piora e ficou acamada.
Traslado
Nesta segunda-feira (10), a família tenta junto ao governo trazer o corpo de Cristianny para ser velado e enterrado na cidade onde morava, em Aragoiânia. A família disse que tem tentado trazer o traslado do corpo em um caixão, para que seja velado. Mas o governo apenas ajuda na cremação e que a família pode utilizar o valor referente a cremação e complementar o restante junto à funerária responsável. O processo de liberação de pagamento para a funerária deve demorar, em média, de 5 a 10 dias.
A Secretaria de Assuntos Internacionais do Governo de Goiás afirmou em nota, que foi notificada sobre a morte da goiana e que o processo de solicitação do auxílio funerário está em fase preparatória.