Mãe é investigada após filho de 3 anos morrer, em São Paulo

A polícia de São Paulo investiga uma mulher que teria agredido o filho, Gael de Freitas Nunes, de 3 anos, até a morte no bairro Bela Vista, na região central de São Paulo nesta segunda-feira (10). O garoto foi levado até a Santa Casa de São Paulo mas acabou vindo a óbito pois não resistiu aos ferimentos. A mãe teria ido até um hospital psiquiátrico mas acabou sendo presa na madrugada desta terça-feira (11).

De acordo com informações, o menino teria sido encontrado desacordado na cozinha onde estava com a mãe pela tia-avó. Seu irmão mais velho, de 13 anos, teria ligado para a polícia relatando o crime.

Segundo a Polícia Militar, que foi acionada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a mãe teria tido um surto psicótico e encaminhada ao Hospital do Mandaqui, na Zona Norte, para ser medicada.

Em depoimento, a tia-avó teria contado que deu mamadeira para a criança por volta das 7 horas e que os dois ficaram na sala assistindo televisão. Após alguns minutos, o garoto foi até a cozinha. A tia-avó disse que começou a ouvir choros, mas achou que a criança estava apenas pedindo colo para a mãe.

Cerca de cinco minutos depois, a tia-avó teria começado a ouvir barulhos fortes batidas na parede e acreditou que viria de outro apartamento. Depois de dez minutos, ela passo a ouvir barulho de vidros quebrado na cozinha e, quando chegou ao cômodo, achou a criança deitada no chão com vômito e coberto com uma toalha de mesa. A testemunha teria perguntado a mãe o que teria acontecido, mas não obteve respostas. A criança foi levada ao hospital onde foi confirmada sua morte.

Ainda de acordo com a tia-avó, a mãe do garoto já havia sido internada cerca de quatro vezes. A mulher não soube dizer a certo o motivo das internações da mãe. Em nota, a Santa Casa de São Paulo informou que a criança chegou ao hospital “em processo de reanimação pela equipe do SAMU e permaneceu em reanimação pela equipe médica do hospital, sendo constatado óbito na sequência”.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, disse que o caso está sendo registrado pela 1ª Delegacia de Defesa da Mulher e que a mãe foi encontrada em estado de choque e levada para um hospital psiquiátrico.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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