Polícia prende dupla que fazia arrastões em colégios de Trindade

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), apresentou na última sexta-feira, (26), Matheus Carlos Magalhães dos Santos, 18, e Bruno Athias da Silva, 23, suspeitos de praticarem arrastões em duas escolas no município de Trindade. O primeiro arrastão ocorreu no dia 20 do mês passado, no Colégio Estadual Adaguismar de Oliveira, no Jardim das Oliveiras. O crime se repetiu no dia 4 deste mês na Escola Municipal Tabelião Flor de Esperança, no Setor Ponta Kayana.

Segundo o delegado Danilo José de Oliveira, os suspeitos entravam nas salas de aula armados e agiam com muita violência. “Eles aterrorizavam os alunos e os professores no momento do roubo, chegando a machucar algumas vítimas com coronhadas”, disse. “Quando percebiam que alguns aparelhos podiam ser rastreados, o quebravam ali mesmo, dentro da sala de aula”, explicou o delegado.

Nos dois arrastões, eles roubaram aproximadamente 60 aparelhos celulares e outros pertences de alunos e professores. Metade dos aparelhos foi recuperada. Os celulares estão à disposição de seus proprietários na delegacia em Trindade.

Fuga
A polícia deu início às investigações imediatamente após o primeiro arrastão. No dia 05 deste mês, Bruno e Matheus foram surpreendidos quando estavam na Avenida Castelo Branco, na capital, após venderem parte dos celulares no Camelódromo de Campinas. Dentro do veículo que utilizavam, foram encontrados cerca de 30 aparelhos. No momento da abordagem, Bruno conseguiu fugir, e Matheus foi conduzido à Deic para a lavratura do auto de prisão em flagrante delito. Entretanto, fugiu da unidade pela janela do banheiro.

Considerados de alta periculosidade, os dois suspeitos tiveram a prisão cautelar decretada, tendo sido localizados e presos em seguida. Bruno estava na residência de amigos, em Trindade, e Matheus foi interceptado pela polícia na casa da sogra, em Goiânia.

Eles foram indiciados por roubo qualificado, cuja pena pode chegar a dez anos de prisão em regime fechado.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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