Exército sul-coreano diz que Coreia do Norte fez novo lançamento de míssil

A Coreia do Norte fez, nesse domingo (28), um novo lançamento de míssil balístico a partir do Litoral Leste, informou o Exército sul-coreano.

De acordo com a Agência EFE, o lançamento foi feito às 5h39 (horário local, 17h39 de domingo em Brasília) da cidade de Wonsan, no Sudeste do país.  O Estado Maior Conjunto sul-coreano acredita que se trata de um míssil do tipo Scud. O projétil percorreu 450 quilômetros na direção leste, segundo a Coreia do Sul, que está analisando mais informações com os Estados Unidos.

O presidente sul-coreano Moon Jae-in convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional para tratar do último ato do país vizinho, informou a agência local Yonhap.

Este é o nono teste desse tipo neste ano e o terceiro desde que Moon chegou à presidência da Coreia do Sul. O mais recente ocorreu no último dia 21. O regime liderado por Kim Jong-un assegurou, à época, ter testado um novo tipo de projétil, o Pukguksong-2, com o qual considera ter obtido dados valiosos para o seu programa armamentista.

Apenas uma semana antes, em 15 de maio, a Coreia do Norte lançou o Hwasong 12, outro novo projétil de médio alcance, mostrando importantes avanços em relação ao desenvolvimento de um míssil intercontinental com chance de alcançar o território americano.

Os constantes ensaios armamentistas do país levaram a um aumento da tensão na região e à piora da relação com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump.

Os especialistas consideram que, com esses últimos testes, o regime de Kim estaria pondo à prova o novo governo sul-coreano, que chegou ao poder no início do mês com a promessa de melhorar os laços com o Norte, mantendo, ao mesmo tempo, o mecanismo de sanções que pesam sobre o país vizinho.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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