Durante seu depoimento na CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello teria desmentido fala de representante de Pfizer, Carlos Murillo, sobre a compra de vacinas que deveriam ocorrer em 2020.
De acordo com Murillo, a empresa teria feito três ofertas de vacina, durante o ano de 2020 sendo a primeira em agosto. As ofertas teriam sido:
- Primeira oferta: uma com 30 milhões de doses e outra com 70 milhões, com possível cronograma de entrega durante o final de 2020 e 2021
- Segunda oferta: Pfizer volta a fazer oferta por 30 e 70 milhões de doses, com um quantitativo adicional ao Brasil para o final de 2020;
- Terceira oferta: também em contratos de 30 e 70 milhões de doses – com um pouco mais de quantidade para o primeiro trimestre de 2021
Nenhuma das ofertas teriam sido respondidas pelo governo.
“Passados esses 15 dias, o governo do Brasil não rejeitou e nem aceitou a conversa. Não tivemos resposta”, disse ele, ao ser questionado pelo relator da CPI.
Diante a demora, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, teria chegado a enviar cartas para autoridades brasileiras cobre um posicionamento sobre as vacinas.
“O que eu posso confirmar é que depois de feitas estas ofertas, com data de 12 de setembro, nosso CEO [Albert Bourla] mandou uma comunicação para o governo do Brasil indicando nosso interesse em chegar a um acordo. E que nós tínhamos fornecido para o governo do Brasil as propostas anteriormente mencionadas”, afirmou Murillo.
As cartas teriam sido enviadas ao presidente Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão; Braga Netto, chefe da Casa Civil; Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde; Paulo Guedes, ministro da Economia; e Nestor Forster, ex-embaixador do Brasil nos EUA.
Segundo Pazuello, ele teria respondido todas as propostas enviada e, que inicialmente, os pedidos teriam ofertado 12 milhões na primeira remessa e 60 milhões na segunda. Além disso, Pazuello teria dito que não participou de nenhuma reunião com o representante da farmacêutica Pfizer e que, em nenhum momento, o presidente Bolosonaro teria o dito para não compras vacinas.
Pazuello continua com suas respostas sobre as vacinas, mostrando que em todo o momento o país mostrou interesse em ofertas oferecidas pelas vacinas.