CPI da Covid: Depoimento de Pazuello continua nesta quinta-feira

O depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, será retomado nesta quinta-feira (20) na CPI da Covid, a partir das 9h30. O depoimento foi pausado após Pazuello passar mal de nervosismo.

De acordo com o presidente da CPI, Omar Aziz, ainda faltam 23 senadores inscrito na fila para discursar e fazer questionamentos a Pazuello. O primeiro entre eles deverá ser Eduardo Braga, eleito pelo Amazonas e líder do partido MDB na casa.

O discurso de Pazuello foi marcados por controvérsias. O ministro teria blindado o presidente Jair Bolsonaro de futuras responsabilidades na gestão da pandemia do coronavírus, negando que houve do Palácio do Planalto para recursas vacinas como a CoronaVac, não admitiu a crise de oxigênio estabelecida em Manaus e diz ter deixado o Ministério da Saúde satisfeito e com a ”missão cumprida”.

Pazuello teria se sentido mal durante o atendimento mas acabou sendo atendido ainda no Senado. Segundo Omar Aziz, o ex-ministro poderia continuar a responder ás perguntas dos senadores, mas considerou mais ”prudente” retorna a reunião hoje. A expectativa na noite de ontem era que os senadores pudessem aproveitar para estudarem as respostas do ex-ministro dadas durante o depoimento de ontem como contradições e se preparar melhor para novos questionamentos.

Renan Calheiros, relator da CPI da Covid, disse que irá pedir a Omar Aziz que contrate uma agência de checagem de fatos para acompanhar os depoimentos feitos pelos senadores. A ideia foi anunciada logo após a suspensão do depoimento de Pazuello. De acordo com Calheiros, Pazuello estaria mentindo sobre algumas informações.

O depoimento da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, mais conhecida como ”capitã cloroquina” foi transferido para terça-feira (25).

Confira a CPI da Covid:

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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