Maio Amarelo tem meta de reduzir em 50% acidentes de trânsito com mortes e lesões no país

O Maio Amarelo, movimento de conscientização para a redução de acidentes de trânsito, é coordenado no Brasil pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), em parceria com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) no âmbito do Acordo de Cooperação, além de contar com o envolvimento dos demais órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) e demais setores organizados empenhados em alertar e reforçar as campanhas educativas e as ações de fiscalização. A meta deste ano é a redução de 50% no número de acidentes de trânsito com mortes e lesões no país.

A campanha nacional tem como tema “No trânsito, sua responsabilidade salva vidas”. A orientação é trabalhar como tema a responsabilidade e o papel de cada um no trânsito, alertando os condutores para o respeito às sinalizações e cuidados com os vulneráveis no trânsito, com todos os atores sociais envolvidos. Veículos maiores cuidando dos menores; veículos menores cuidando dos motociclistas, ciclistas e pedestres, os mais vulneráveis no trânsito. Cada um com sua obrigação.

Atualmente, a multa para quem “Deixar de dar preferência a pedestre que se encontre na faixa” é de R$ 293,47 e é considerada gravíssima, rendendo ao condutor 7 pontos na CNH. O mesmo acontece para quem “Não deixar pedestre concluir a travessia, mesmo com sinal verde”. Por outro lado, de acordo com o Artigo 254 do Código de Trânsito Brasileiro, atos como andar no meio da rua ou atravessar fora da faixa de segurança, passarela ou qualquer outra passagem destinada para quem anda a pé está sujeito a multa de 50% do valor da infração de natureza leve, ou seja, está sujeito ao pagamento de uma multa de R$ 44,19 (o valor da multa para infrações leves é de R$ 88,38).

De acordo com o secretário Municipal de Mobilidade de Goiânia, Horácio Melo, o uso correto da faixa de pedestre é responsabilidade também dos pedestres. “A contribuição deles é fundamental. Tem que procurar a faixa para atravessar e ter atenção na travessia”, alerta. Onde não houver faixa, o secretário explica que o pedestre deve atravessar a via com cuidado e em linha reta para percorrer o menor trajeto possível.

* Rosana Melo – especial para o Diário do Estado

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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