Vacinas que aqueceram em Paranaiguara terão que ser descartadas

Quase 900 doses de vacina contra a Covid-19 serão descartadas após um freezer aquecer no munícipio de Paranaiguara, a 350km de Goiânia. Além das doses contra o coronavírus, no freezer também estavam armazenados imunizantes contra outras 18 doenças.

A indicação foi feita pelo Ministério da Saúde, que indiciou que as vacinas não poderiam ser mais usadas. No freezer estavam guardadas 875 doses contra a Covid-19 da AstraZeneca e 1.252 doses contra outras doenças. De acordo com o Ministério, “o resultado da avaliação foi insatisfatório para o uso das vacinas Covid-19”, mas que não foi notificado sobre os problemas com outras vacinas de Paranaiguara. O Ministério também informou que “perdas operacionais, que correspondem a 10% do total de doses distribuídas das vacinas, já são previamente calculadas”.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o equipamento chegou a marcar 30ºC. O órgão informou que o freezer havia passado por manutenção recentemente e ainda não é possível verificar o que causou o problema. Uma perícia será feita para verificar o que aconteceu.

O munícipio deverá receber doses da vacina ainda esta semana, após a chegada de 189 mil doses de AstraZeneca, em Goiás, na madrugada desta quarta-feira (26).

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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