A soldada da Polícia Militar, Jéssica Paulo do Nascimento, pediu exoneração da corporação após ter denunciado seu comandante de assédio e ameaça de esturpo e morte. Jessíca afirma que teme pela própria vida e pela vida de seus familiares.
Segundo Jéssica, apesar da gravidade das denúncas, a PM não foi capaz de garantir a segurança dela e da família. “Eles prometeram cuidar de mim, garantir que eu e minha família não corrêssemos riscos. Mas o máximo que fizeram foi me transferir para a Segunda Companhia do 45º Batalhão, em Praia Grande. E, apesar de terem me garantido que me colocariam para trabalhar na parte administrativa, me puseram para trabalhar nas ruas, para fazer o policiamento nas ruas”, afirmou.
A vítima ainda afirma que, desde que se apresentou na nova Companhia, sentiu hostilidade por parte de seus colegas e superiores e passou a receber advertências por motivos banais, entre eles, por ter dado um entrevista em sua própria residência e não ter batido continência em um dia que compareceu ao batalhão fora do horário de trabalho.
Jéssica teve sua arma apreendida poucos dias depois da denúncia.”Eu tinha medo de voltar às ruas sem proteção, estava tomando remédios pesados, tarja preta”, disse. Desarmada, já sem conseguir dormir à noite e uns quilos mais magra, Jéssica conversou com o advogado e pediu a exoneração.
Por meio de nota, a PM respondeu que o pedido de exoneração é de autonomia exclusiva da policial e que a investigação da denúncia é conduzida pela Corregedoria da Polícia Militar.