Durante seu depoimento na CPI da Covid, Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, diz que ofereceu ao governo federal 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 no ano passado. Destas, 45 milhões seriam entregue até dezembro de 2020.
Covas contou que o primeiro contato foi feito no dia 30 de julho. No dia 7 de outubro, ele teria enviado um ofício ao Ministério da Saúde reafirmando ofícios anteriores e oferecendo 100 milhões de doses. Ela seriam entregues em três etapas: 45 milhões em dezembro de 2020, 15 milhões até fevereiro de 2021 e 40 milhões até maio deste ano.
Para o presidente do Butantan, as declarações dadas pelo presidente Jair Bolsonaro poderiam teria evitados os acordos que prosseguissem. Covas relembrou que havia sido convidado para uma cerimônia pelo ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello e, que até a data do evento, o acordo estava encaminhado. Covas diz que as conversações não prosseguiram “porque houve uma manifestação do presidente da República dizendo que a vacina não seria de fato incorporada.”
Covas ainda diz que a vacinação, que começou em janeiro de 2021, poderia ter iniciado o quanto antes. Isso porque o Instituto Butantan já possuía 5,5 milhões de doses prontas ainda em dezembro de 2020 e mais 4,5 milhões sendo fabricadas no momento. ”Nós já tínhamos as doses, elas estavam disponíveis” comentou. O presidente reforçou que o Brasil ainda poderia ter sido o primeiro país do mundo a iniciar a imunização contra a Covid-19, mas que não houve nenhum contato feito pelo Ministério da Saúde.
O acordo com o Instituto apenas foi fechado em 7 de janeiro deste ano.