Randolfe Rodrigues vai convocar presidente da CBF para CPI da Covid

O vice-presidente da CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou um requerimento para a convocação do presidente da CBF, Rogério Caboclo, para declarar quais as medidas sanitárias serão adotadas para a realização da Copa América no Brasil entre os dias 13 de junho e 11 de julho. 

O vice-presidente da CPI ainda disse que o Brasil foi surpreendido com o anúncio de que a Copa América será realizada no Brasil em plena pandemia. “O evento seria realizado na Colômbia, mas foi cancelado por conta dos protestos sociais que tomaram conta do país. Em seguida, a Argentina cancelou a realização do torneio devido ao recrudescimento da pandemia naquele país”, afirma um trecho do requerimento.

Ainda no requerimento, há a indagação à do presidente da CBF para saber quais medidas sanitárias serão adotadas durante o período do evento. “Diante desse cenário, esta Comissão Parlamentar de Inquérito precisa ouvir o presidente da CBF para saber que medidas foram tomadas para garantir a segurança sanitária dos brasileiros e das delegações estrangeiras durante a realização do evento”, aponta trecho.

Por meio das redes sociais, Rodrigues disse que o Brasil não tem condições de receber um evento desse porte devido ao alto número de casos de infecção de Covid-19 e de mortes no país. Ele também questionou a rapidez do governo em responder um e-mail para a realização do evento em comparação ao contato da Pfizer para a compra de vacinas.

“Não temos a menor condição de sediar uma Copa neste momento de pandemia no país! Sou amante do futebol, mas sou defensor da vida! Se o Presidente tivesse tido essa agilidade para responder à Pfizer como foi com a Conmebol, certamente poderíamos estar recebendo esse evento”, publicou o vice-presidente da CPI da Covid.

O senador ainda anunciou o registro do requerimento para a convocação do presidente da CBF à CPI da pandemia. “Se realizado o evento será uma afronta às mais de 450 mil vidas que perdemos para a Covid-19 no Brasil”, disse.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), por meio de seu perfil no Twitter, criticou a decisão do campeonato ser realizado no Brasil. “Com mais de 462 mil mortes, sediar a Copa América é um campeonato da morte. Sindicato de negacionistas: governo, Conmebol e CBF. As ofertas de vacinas mofaram em gavetas mas o ok para o torneio foi ágil. Escárnio”, publicou ele. 

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp