Vídeo: Queiroga diz que não tem ‘carta branca’ com Bolsonaro

Nesta terça-feira (08), o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga prestou um novo depoimento à CPI da Covid, que apura ações do governo federal na pandemia. Ao ser questionado sobre sua autonomia na chefia da pasta, o ministro respondeu que não tem “carta branca”,  e que o regime é “presidencialista”.

“Ele (Bolsonaro) me deu autonomia, mas não significa uma carta branca para fazer tudo que quero. O regime é presidencialista”, comentou Queiroga.

O ministro alegou ainda desconhecer a atuação de um “gabinete paralelo”, que oriente Bolsonaro em medidas de combate à covid. “Desconheço essa atuação em paralelo”, reforçou, mas admitiu conhecer Nise Yamaguchi, Carlos Bolsonaro, Carlos Wizard e Osmar Terra, que integrariam o suposto “gabinete”.

O médico também foi questionado por senadores sobre a distribuição de vacinas, a realização da Copa América no Brasil e sobre medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid, e disse que a nota quanto informativa do MS sobre prescrição do medicamento não foi retirada do site porque “faz parte da história” da pandemia.

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Bolsonaro pode apoiar Daniel Vilela em 2026

“Wilder não sabe se será o presidente do PL até lá. Eu vou apoiar para o governo de Goiás quem o Bolsonaro indicar”, afirma o vereador eleito em confronto com o senador.

Com a atenção voltada para a sucessão estadual de 2026, o vereador eleito de Goiânia, Major Vitor Hugo (PL), organizou um encontro entre o vice-governador Daniel Vilela (MDB) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após as eleições municipais. A reunião surpreendeu a cúpula do PL em Goiás, que reagiu com um comunicado repudiando a ação de Vitor Hugo. Essa articulação, no entanto, lança dúvidas sobre a liderança do senador Wilder Morais, presidente do PL em Goiás, especialmente após a fraca performance do partido nas eleições municipais deste ano.

De acordo com Major Vitor Hugo, a reunião foi autorizada por Bolsonaro e abordou o cenário eleitoral tanto nacional quanto estadual. O vice-governador Daniel Vilela, que deverá assumir o governo em abril de 2026, se posiciona como um candidato natural para suceder o governador Ronaldo Caiado (União Brasil). O grupo governista saiu fortalecido das eleições municipais, tendo conquistado cerca de 200 prefeituras, além da expressiva popularidade de Caiado, que atingiu uma aprovação de 88%, conforme pesquisa Quaest divulgada recentemente.

Wilder Morais também se declarou pré-candidato ao governo de Goiás. No entanto, ao contrário de Vilela, o projeto eleitoral do senador enfrenta diversos obstáculos. “Essa definição, conforme a lei e o estatuto do PL, será tomada em julho de 2026, durante a convenção. Afirmar que é candidato com um ano e meio de antecedência é uma posição individual”, alertou Vitor Hugo em entrevista ao jornal O Popular.

“Wilder não sabe se será o presidente do PL até lá. Eu irei apoiar para o governo de Goiás quem o Bolsonaro indicar. Apoiarei também para o Senado quem o Bolsonaro indicar, assim como segui as suas orientações nas eleições deste ano”, enfatizou Major Vitor Hugo, sugerindo que as decisões eleitorais dentro do PL são predominantemente determinadas pelo ex-presidente.

A tensão no PL e a deterioração da liderança de Wilder Morais se refletem nos resultados das eleições municipais. O senador havia anunciado que o partido teria um desempenho robusto e sairia fortalecido para a sucessão estadual. Contudo, o resultado ficou muito aquém das expectativas, com apenas 26 prefeitos eleitos, menos da metade do que foi inicialmente projetado.

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