Operação da PF mira grupo especializado em fraudes no INSS em Goiás

Uma força-tarefa da Polícia Federal (PF) com a Secretaria da Previdência do Ministério da Fazenda e o Ministério Público Federal, desarticulou uma organização criminosa responsável por fraudar benefícios previdenciários de pensão por morte e aposentadoria. A operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (6) e recebeu o nome de Oruza.

As investigações tiveram início há cerca de dois anos a partir da identificação de fraudes em concessões irregulares de benefícios rurais para o pagamento de pensão por morte com recebimento dos valores retroativos. A quadrilha adulterava a documentação com declarações falsas emitidas por fazendeiros e sindicatos dos trabalhadores rurais.

Cerca de 160 policiais federais e mais 15 servidores da Secretaria da Previdência estão dando cumprimento a 113 mandados expedidos pela Justiça Federal de Uruaçu (GO), sendo 11 mandados de prisão preventiva, 26 mandados de busca e apreensão e 76 mandados de condução coercitiva, nas cidades de Niquelândia, Padre Bernardo, Vila Propicio, Porangatu, Trombas, Montividiu do Norte, Mutunópolis, Colinas do Sul, Formoso, em Goiás, e em Brasília (DF).

São investigados oito sindicatos, cinco advogados, três servidores do INSS, agenciadores, proprietários rurais, bem como beneficiários e representantes legais. Dentre os investigados, consta uma advogada que influenciou uma das beneficiárias do esquema a não denunciar a fraude depois que ela teria descoberto que recebera um valor muito abaixo do que realmente lhe deveria ter sido pago.

Chamou atenção dos investigadores o aumento de até 10 vezes nos valores dos requerimentos para benefícios de pensão por morte com pagamentos retroativos nas cidades alvo. As três agências investigadas teriam pago um montante de R$ 25 milhões em benefícios, sendo que, em cada uma delas, a maioria das concessões estava centrada em um único servidor, que teria utilizado toda a sorte de documentos falsificados, inclusive, certidões de nascimento e de óbito de pessoas inexistentes. No Brasil, entre 2015 e 2016, o aumento dos valores relativos a este tipo de requerimento foi de 40%.

Em dois dos benefícios investigados, a representante legal e pretensa mãe dos beneficiários menores teria apresentado certidões segundo as quais as crianças teriam sido geradas quando esta tinha, respectivamente, 8 e 10 anos de idade, e o suposto segurado morrido há mais de 4 anos.

O INSS efetua, anualmente, pagamentos da ordem de R$ 500 bilhões. Deste valor, cerca de R$ 100 bilhões são pagos a beneficiários da pensão por morte. A investigação contém análise de, aproximadamente, 10% da amostragem dos benefícios nas três cidades investigadas, que representa apenas 0,00005% do total dos pagamentos efetuados anualmente pela Previdência.

As ações criminosas causaram prejuízo atual para os cofres da Previdência Social de aproximadamente R$ 5 milhões, considerando 67 benefícios analisados (atualizados até maio de 2016). Estima-se que o prejuízo evitado é de R$ 10 milhões, considerando a expectativa de sobrevida das pessoas de acordo com dados do IBGE e a maioridade.

Os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, falsificação de documento público, fraude processual e organização criminosa.

O nome da operação é de origem grega e está relacionado ao profissional plantador de arroz, visto que os requerimentos de benefícios previdenciários indicavam essa atividade.

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Alunos de Goiás Brilham na Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira (Olitef)

Alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, assim como da 1ª série do Ensino Médio da rede pública estadual de Goiás, participaram e alcançaram excelentes resultados na primeira edição da Olímpiada do Tesouro Direto de Educação Financeira (Olitef). Ao todo, 96 estudantes goianos conquistaram medalhas de ouro, 214 de prata, 231 de bronze, além de 382 que receberam diplomas de mérito.
 
O objetivo da Olitef é proporcionar aos alunos conhecimentos sobre finanças pessoais, investimentos e economia, contribuindo para a promoção de mudanças significativas na vida desses estudantes. A iniciativa busca criar uma percepção mais aprofundada sobre o valor do planejamento financeiro. As provas aplicadas e as atividades práticas incentivaram os estudantes a se interessarem ativamente pela Educação Financeira.
 
Aluna medalhista de ouro, Kamilly Vitoria Ferreira de Souza, do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Amélia Florencia Barros, de Vila Boa, expressou sua alegria ao saber que conquistou a medalha de ouro. “Foi muito bom ter ganhado a medalha e ter deixado meus pais orgulhosos de mim. E essa conquista fica, também, como incentivo para os outros alunos,” disse Kamilly.
 
Quando começou a estudar, faltavam seis semanas para a realização da prova, mas o estudo intensivo para reforçar a sua aprendizagem foi importante. Por meio das atividades realizadas nos aulões de matemática financeira, Kamilly foi aprendendo cada vez mais. “Tenho só a agradecer às nossas professoras Vera, Ney, Bianca e Iasmine,” conclui Kamilly Vitoria.
 
Iniciativa Olitef/Aprender Valor
 
A Olitef/Aprender Valor, uma iniciativa do Banco Central do Brasil, tem o objetivo de estimular o desenvolvimento da Educação Financeira e da Educação para o Consumo nas escolas brasileiras. O programa oferece formação específica para diretores e professores, além de projetos escolares integrados aos componentes curriculares de Matemática, Língua Portuguesa e Ciências Humanas, sendo aplicados diretamente em sala de aula.

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