Caiado anuncia importação de 142 mil doses de Sputnik V

Goiás recebeu a autorização de importação excepcional e temporária da vacina Sputnik V, produzida pela Rússia, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta terça-feira (15). Serão 142 mil imunizantes que são suficientes para 71 mil goianos, equivalente a 1% da população, com a primeira dose e o reforço. “Esse é o limite permitido pela agência para estados que pediram autorização. O importante é vacinar a nossa gente”, afirma o governador Ronaldo Caiado em suas redes sociais.

Entre as restrições, estão a utilização de vacina apenas na imunização de indivíduos adultos com idade entre 18 e 60 anos, não sendo indicada para gestantes, puérperas, lactantes e indivíduos com comorbidades, entre outras deliberações. Os lotes dos imunobiológicos apenas serão destinados ao uso após análise laboratorial e liberação pelo Instituto Nacional de Controle a Qualidade em Saúde.

“A maior parte das ressalvas depende da Rússia. Nós tramitamos ao mesmo tempo a autorização e a contratação. Com a decisão favorável, já estamos na fase de assinatura do contrato”, assegura o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino.

Após o uso das vacinas, a Anvisa avaliará os dados de monitoramento do uso, a fim de permitir novas doses a serem importadas. ”Mantido o status probatório para análise de tais pedidos de importação da Sputnik V, a Diretoria Colegiada da Agência deliberará sobre os próximos pedidos por meio de Circuito Deliberativo.”

Além de Goiás, outros estados também irão receber doses de acordo com 1% da sua população. São eles: Rio Grande do Norte – 71.000 doses, Mato Grosso – 71.000 doses, Rondônia – 36.000 doses, Pará – 174.000 doses, Amapá – 17.000 doses, Paraíba – 81.000 doses e Goiás – 142.000 doses.

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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