Reino Unido confirma identidade de terceiro terrorista do atentado de Londres

A Polícia Metropolitana de Londres (Met) confirmou hoje (6) a identidade do terceiro autor do duplo atentado de sábado na capital do Reino Unido, que deixou sete mortos e 48 feridos. O identificado é Youssef Zaghba, de 22 anos, um italiano de origem marroquina e que não estava sendo monitorado pelo serviço de inteligência britânico. A informação é da Agência EFE.

Em um comunicado divulgado no Twitter, a Scotland Yard (nome pelo qual também é conhecida a Met) indicou que esse homem “não era monitorado pela polícia ou pelo serviço secreto britânico”.

“Ainda é preciso fazer a identificação formal, mas os detetives acreditam que (o terceiro terrorista) é Youssef Zaghba, de 22 anos, e do leste de Londres”, informou a Met na nota divulgada depois que a imprensa italiana vazou sua identidade.

Além de confirmar o nome do agressor, a unidade antiterrorista da polícia de Londres divulgou uma fotografia de Zaghba.

Assim como aconteceu com os outros dois terroristas, Khuram Shazad, um britânico de origem paquistanesa de 27 anos, e Rachid Redouane, de 30 anos e de origem marroquina e líbia, o terceiro suspeito foi morto a tiros pelos agentes britânicos.


Suspeito preso

A polícia prendeu hoje um homem de 27 anos no bairro de Barking, na zona leste de Londres, suspeito de ter relação com os atentados. A notícia da detenção foi divulgada depois que as autoridades liberaram ontem à noite 12 pessoas que estavam sob custódia, sem qualquer acusação.

Na nota, a Met indicou que os agentes também fizeram buscas durante a madrugada em outra propriedade situada no bairro de Ilford, no nordeste da cidade.

O atentado no centro de Londres foi o terceiro ato terrorista cometido no país em menos de três meses, junto com o ataque em Westminster, onde morreram cinco pessoas no dia 22 de março, e o recente em Manchester, que resultou em 22 mortes.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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