A cada 10 pacientes que precisaram ser intubados com Covid-19 em abril de 2021, 7 morreram na UTI. A taxa de mortalidade é proporcional e 70%, o maio percentual já registrado desde o começo da pandemia causa pelo coronavírus. Informações são do site Metrópoles.
Até o momento, foram 493.693 mortes no Brasil causadas pelo Covid-19, só em abril contabilizou, no total, 82.266 mortes. Já em internações, 59.190 pessoas fora internada no mês em decorrência a doença, 39.096 vieram a óbito e 17.094 tiveram alta.
A luta por leitos de UTI exclusivos para pacientes que contraíram o vírus é uma das causas do grande número de óbito. Em Brasília, a taxa de ocupação em hospitais públicos foi de 80% nesta terça-feira (15); pela manhã a taxa ainda era maior, com 90% dos leitos ocupados.
Para Valéria Paes, diretora da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, o acesso de pacientes de forma tardia em leitos de UTI é uma das principais razões para o número alto de óbitos no país.
“O ideal é que o paciente tenha acesso à UTI o mais rápido possível, a partir do momento que ele tem indicação de que precisa ir para a internação. É lá que uma série de medidas e cuidados específicos é oferecida, além do acesso a uma equipe multiprofissional, com fisioterapeuta, médico e enfermeiro”, explica Paes.
Cenário de alto risco
De acordo com a Fiocuz, o cenário para os próximos dias de pandemia no país é de alto risco. Dados levantados entre 31 de maio e 7 de junho mostram que as taxas de ocupação em UTI para adultos no SUS se manteve em estabilidade, mas ainda em alta. Os número podem sobrecarregar o sistema de saúde.
“A combinação do número alto de casos com uma ligeira queda no número de óbitos e a maior parte dos estados com alta taxa de ocupação de leitos UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) fazem um quadro muito preocupante”, alerta o último boletim da instituição.