Inflação em Goiânia volta a subir em maio

A inflação de Goiânia voltou a subir no mês de maio, chegando a 0,23%, acima da taxa de abril que ficou em -0,08%. Desta vez, pesaram no índice os reajustes da energia elétrica (5,52%), do gás de cozinha (1,35%), dos artigos do vestuário, como roupas de bebê (12,53%) e gasolina comum (1,88%). O que impediu uma maior alta do indicador foram as quedas nos preços dos alimentos e dos serviços que compõem os grupos de saúde e cuidados pessoais e da educação.

Os dados foram apurados pela Gerência de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do Instituto Mauro Borges, da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan). Embora a inflação tenha subido em maio, na comparação com abril, o índice acumulado no ano é de 0,24%, bem inferior ao resultado dos 4,18% do mesmo período do ano anterior.

No mês de maio, as maiores pressões sobre o IPC-Goiânia ocorreram dos grupos habitação ( -0,71% para 1,50%), vestuário (0,44 para 1,39%), despesas pessoais (0,06% para 0,64%) e transportes (-0,50% para 0,39%). A contrapartida veio dos grupos de alimentação (-0,35% para -0,68%), saúde e cuidados pessoais (1,48% para -0,22%) e educação (0,01% para -0,53%).

O grupo alimentação, que sempre tem o maior peso na formação do índice da inflação de Goiânia, recuou no mês passado devido à queda dos preços dos legumes e hortaliças. O custo do quilo da abobrinha recuou -19,39%. Também registraram queda o repolho (-14,29%), alface (-13,56%), cenoura (-8,60%), cebola (-5,54%). O tomate (-1,94%) que chegou a subir em abril deu sinais de queda em maio. Os preços de algumas frutas também diminuíram, como a laranja pera (-21,31%), melancia (-18,83%) e a banana maçã (-14,58%).

Ainda dentro do grupo de alimentação o açúcar caiu (-5,14%), bem como o arroz (-3,35%); frango (-6,17%), frango em pedaços (- 3,39%); óleo de soja (-3,31%); pernil suíno (-3,29%); leite LV (-0,96%), leite em pó (-1,17%); farinha de trigo (-2,70%) e outros. Mesmo a alimentação fora do domicílio teve o custo recuado em -0,14%, puxado pelo suco de laranja (-0,23%) e picolé de fruta (-1,41%).

É importante pontuar que dos 205 produtos/serviços pesquisados mensalmente, 86 apresentaram elevação, 37 ficaram estáveis e 82 tiveram variação negativa.

Cesta básica

A queda dos preços dos alimentos influenciou também na diminuição em -0,17% do custo da cesta básica do trabalhador goianiense que ganha o salário mínimo mensal (R$ 937,00). O valor total dos 12 itens da cesta, em maio, foi de R$ 323,07. No ano, a variação chega a -4,82% e em 12 meses há uma queda de -6,44%.

Em maio, o pão foi o item da cesta básica que não teve qualquer variação. Tiveram reajustes o feijão (6,68%), o café (1,03%), e legumes/tubérculos (0,69%). As quedas de preços ocorreram na carne (-0,58%), leite (-0,96%), arroz (-3,35%), farinha/massas (-0,86%), açúcar (-5,14%), margarina (-0,46%), óleo de soja (-3,31%) e frutas (-3,91%).

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Pesquisa aponta que 49% dos brasileiros acreditam em melhorias no país em 2025

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que 49% dos brasileiros acreditam que o país terá melhorias em 2025. O índice permanece estável em relação à pesquisa de outubro, mas registra uma queda de 10 pontos percentuais comparado a dezembro de 2023, quando o otimismo atingiu 59%.

A percepção de piora aumentou entre os entrevistados: 28% acreditam que o Brasil irá piorar em 2025, uma alta de cinco pontos em relação a outubro (23%) e de 11 pontos frente a dezembro do ano anterior (17%).

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 26, foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil participantes de todas as regiões do país.

Sobre o desempenho do Brasil em 2024, 66% dos entrevistados afirmaram que o país melhorou (40%) ou permaneceu igual (26%) em comparação a 2023. No entanto, essa soma representa uma queda de 13 pontos em relação a dezembro de 2023, quando 79% acreditavam que o cenário havia melhorado (49%) ou permanecido estável (30%).

A percepção de piora em 2024 alcançou 32% em dezembro, marcando um aumento significativo em relação aos 20% registrados no mesmo período do ano anterior.

Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, os resultados refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela. “O ano teve aspectos positivos, como o aumento do emprego, mas foi marcado por fatores adversos, como seca, queimadas e notícias sobre alta da Selic, juros e inflação”, explicou Lavareda.

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